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Grupo Desportivo Recreativo e Cultural "Os Amigos de São Tiago"

Fundação: 1983
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol
 
Conhecido popularmente como "Amigos de São Tiago", este clube aparece no inicio da década de '80, com o impulso do associativismo de um grupo de moradores do bairro de São Tiago, na cidade de Castelo Branco (que abrange a zona que vai desde o hospital até ao largo das "tílias"), e que, a convite de algumas colectividades da região, formaram um grupo para "jogar à bola". Com sede no N.º 4 da Rua Pedro Álvares Cabral, esta coletividade bairrista albicastrense, começa a reunir não só pessoas do bairro mas também gente de outras partes da cidade, e dá-se inicio à prática do futebol e também do então futebol de salão.

Após alguns jogos amigáveis e torneios onde ia participando, reuniram-se condições para a equipa entrar no Torneio Inter-aldeias de 1985, realizado em Salgueiro do Campo, a estreia da equipa foi uma surpresa total, tendo ficado em 1.º lugar do seu grupo e passado todas as eliminatórias, chegando à final, que acabou por vencer frente ao anfitrião Salgueiro do Campo. Uma estreia que deu logo em titulo, e que foi a alavanca para o clube se inscrever nas provas distritais logo no inicio da época seguinte.

A equipa, que equipava de verde e amarelo, começou inicialmente por competir no Estádio Municipal Vale do Romeiro, mas dada a existência de vários clubes que praticavam esta modalidade, e por falta de campos de futebol públicos disponíveis na cidade, a equipa vê-se obrigada a procurar um campo nas freguesias mais próximas, tendo então optado pelo campo de Salgueiro do Campo, realizando lá os seus jogos caseiros.

É na temporada de 1985/86, que o Amigos de S. Tiago inicia a sua participação no futebol federado, na 1.ª e única Divisão Distrital, na época seguinte a equipa acaba por ser despromovida à 2.ª Divisão, onde compete depois apenas por uma época, pois obteve o 2.º lugar e a subida de divisão. Novamente a jogar na 1.ª Distrital na temporada de 1988/89, a equipa acabou por terminar o campeonato no último lugar da tabela, e iria descer novamente de divisão, mas a desistência do Académico do Fundão fez com que o Amigos S. Tiago ocupasse a sua vaga e assim permanecesse na 1.ª Divisão Distrital. A equipa participou ainda no inter-aldeias de 1989, onde não passou da fase grupos. A temporada de 1989/90 foi a última do clube no futebol federado, e onde obteve a sua melhor classificação de sempre ao terminar em 4.º lugar. Como nessa época o Salgueiro do Campo inscreveu também a sua equipa no distrital, o Amigos de S. Tiago usou o Campo Viscondessa do Alcaide, em Escalos de Cima, como sua casa.

O adeus ao futebol federado após quatro épocas de competição, parece ter sido o ponto final da coletividade, que desde então não voltou a ter qualquer actividade desportiva na cidade, tendo o clube entrado em inactividade até aos dias de hoje. Um clube de um bairro central da cidade de Castelo Branco, que teve uma vida curta mas muito intensa desportivamente.

Grupo Desportivo Cultural e Social de Vale de Prazeres

Fundação: 1990
Localidade: Vale de Prazeres, Fundão
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Vale de Prazeres

É na aldeia de Vale de Prazeres, situada em plena Cova da Beira, que nasce no inicio dos anos '90, o "Grupo Desportivo Cultural e Social de Vale de Prazeres", que tinha como objectivos iniciais incentivar o desporto, a cultura e atividades de cariz popular na localidade.

Porém a primeira coletividade desportiva a aparecer na aldeia foi o "Grupo Desportivo da Casa do Povo de Vale de Prazeres", fundado em 1946, que nesse mesmo ano chegou a inaugurar um campo de futebol próprio, onde realizava jogos amigáveis. A equipa participou em inúmeros jogos, com uma forte atividade desportiva que terá durado até à década de '60. O entusiasmo foi-se perdendo e a equipa terminou, assim como o campo de futebol sediado em terrenos de particulares que acabou por desaparecer, não havendo desde então na aldeia mais nenhum campo de futebol, facto que se deveu à falta de instalações dignas para a prática desportiva, e até pelas próprias inclinações dos terrenos da freguesia, fruto de estar localizada numa zona de serrania na Gardunha.

A fundação do Grupo Desportivo Cultural e Social de Vale de Prazeres em 1990, veio reunir a juventude da terra para a prática desportiva, no que ao futebol diz respeito já os jovens de Vale de Prazeres se deslocavam a outras terras para jogos amigáveis. Mais tarde o clube contou com participações no Torneio Inter-aldeias nos anos de 1993 e 1996, numa competição em que a equipa nunca passou da fase de grupos.

Depois de filiado na Associação de Futebol de Castelo Branco, o clube começa nos anos 2000 a participar com equipas de futsal de iniciados e juvenis nos campeonatos distritais, até que mais tarde na época de 2003/04, aparece com uma equipa de seniores no campeonato distrital de futsal, que esteve em competição até à temporada de 2006/07, com resultados favoráveis. Durante essa altura as equipas jogavam no Pavilhão Municipal do Fundão, tendo chegado até a ser equacionada por parte da autarquia fundanense, a construção de um pavilhão desportivo em Vale de Prazeres, mas que acabou por nunca vir a acontecer.

Depois disso o clube passou por momentos altos e baixos, tendo-se dedicado ao atletismo e a outras actividades mais populares como um grupo de bombos e eventos sociais e culturais, a aldeia possui um rinque polidesportivo onde para além de jogos amigáveis de futsal tem participado também em torneios na região, sendo ainda a principal colectividade da freguesia.

Centro Recreativo de Tinalhas

Fundação: 1941
Localidade: Tinalhas, Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Jogos Visconde de Tinalhas

É na aldeia de Tinalhas que nasce nos anos '40 umas das mais históricas colectividades da freguesia, esta associação foi criada inicialmente com o objectivo de organizar actividades de recreio e populares, porém a parte desportiva na aldeia era representada pelo "Tinalhas Futebol Clube", fundado também em 1941, equipa que disputava partidas amigáveis contra outras terras das redondezas.

O futebol continua na década seguinte com o clube muito ativo, a formação tinalhense realizava jogos amigáveis com outras localidades, tendo no ano de 1957 inaugurado o seu campo de futebol, situado junto do santuário da Rainha Santa Isabel, nos arredores da aldeia, que foi baptizado pelo benemérito Visconde de Tinalhas, num jogo inaugural que opôs a equipa de Tinalhas ao Carvalhense Futebol Clube, da então Aldeia do Carvalho na Covilhã. O Tinalhas Futebol Clube terá depois desaparecido, e a parte desportiva passou a ter lugar no Centro Recreativo, que até então se dedicava apenas a outras atividades que não o futebol.

A par de outras atividades culturais e desportivas, o Centro Recreativo de Tinalhas continuou com o desporto, e na década de '70 é inaugurado um novo campo de futebol mesmo no centro da povoação, e baptizado com o nome de Visconde de Tinalhas. A aldeia participa em 1975 no primeiro Torneio Inter-aldeias, prova onde marca presença depois nos anos de 1985 e 1986 (em que foi ainda o organizador). Foi em 1991 que coube novamente a Tinalhas organizar e sediar a prova, tendo a equipa alcançado a final, que viria a perder contra Caféde, porém depois desse desaire, segue-se a vitória no inter-aldeias de 1993, com Tinalhas a sagrar-se campeã após bater na final o anfitrião Sobral do Campo.

A década de '90 em Tinalhas foi muito intensa desportivamente, a aldeia vê inaugurado o seu ringue polidesportivo, passando o na altura futebol de cinco (hoje futsal) a fazer também parte da colectividade, com a realização de jogos e participação em torneios. Relativamente ao futebol, a equipa de Tinalhas participa ainda nos inter-aldeias de 1997 e 1998.

Entretanto o clube entra em inactividade devido a um vazio directivo, regressando somente em 2003, tendo ainda participado no inter-aldeias desse ano. Desde então o desporto tem-se mantido vivo na aldeia, onde apesar de haver cada vez menos gente, continuam os jogos de futsal com participações em torneios locais, e também de futebol, com participações recentes no inter-aldeias, nomeadamente em 2014, 2015 e 2016.

Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Pedrógão de São Pedro

Fundação
: 1979
Localidade: Pedrógão de São Pedro, Penamacor
Modalidade: Futebol
Casa: Complexo Desportivo de Pedrógão de S. Pedro

Sediado na aldeia de Pedrógão de S. Pedro (até 1997 apenas denominada de Pedrógão), este clube é um dos históricos do futebol no seu concelho. Foi fundado em 1979 com as cores azul e branco, as mesmas da freguesia, e apenas como associação de cariz popular. Após alguns anos no futebol amador, disputando jogos amigáveis contra outras localidades, tem na época de 1986/87 a sua primeira participação no Campeonato Distrital de Futebol de Castelo Branco.

Começa por participar na 1.ª Divisão Distrital, devido a que nessa época só se realizou uma divisão única, dividida em duas séries, a equipa acaba por terminar nos últimos lugares e é despromovida para a 2.ª Divisão, onde se manteve a competir durante cerca de dez anos, até atingir a subida ao 1.º escalão distrital na temporada de 1996/97, após um 2.º lugar atrás do clube vizinho de Meimoa, desde aí o clube nunca foi relegado de divisão. A par do futebol também o futsal teve lugar de forma amadora, com a realização de jogos amigáveis no complexo desportivo que dispõe também de ringue polidesportivo. Em 1996 o Pedrógão participou ainda no torneio de futebol inter-aldeias, organizado em Aldeia de St.ª Margarida porém a equipa acabaria por desistir a meio da prova. O clube teve ainda até meados dos anos 2000, camadas jovens em vários escalões a participar nos campeonatos distritais da categoria.

Após obter um 4.º lugar em 2008/09, foi na época de 2009/10 que o clube alcançou uma das suas melhores classificações até então no campeonato distrital, ao ficar em 1.º lugar na fase regular da competição, porém acabou por perder na fase final de apuramento de campeão para o Águias do Moradal. Em 2014 o clube vê concretizado um sonho de à muitos anos, com a colocação de um relvado sintético no seu campo, melhorando assim as condições para a prática do futebol. Após alguns anos com lugares modestos o clube consegue, sob o comando do treinador André Matias, dar o salto para se tornar num "intruso" na luta pelo titulo distrital, e atingir a melhor fase desportiva da sua história em termos de resultados. Na época de 2021/22 a equipa termina o campeonato em 3.º lugar, que lhe deu acesso a participar pela primeira vez na Taça de Portugal, e foi ainda finalista da Taça de Honra. Na temporada de 2022/23 consegue ser vice-campeão distrital (a sua melhor classificação final de sempre), lugar que lhe valeu mais uma presença na Taça de Portugal, e em 2023/24 soma mais um 3.º lugar e nova presença na final da Taça de Honra

O Pedrógão tem-se mantido sempre em competição ano após ano, com um misto de jovens jogadores da região e elementos mais experientes, e já leva mais de trinta anos em competição, tendo o recorde de ser a equipa com mais participações consecutivas no campeonato distrital de futebol de Castelo Branco, muito por mérito do seu presidente António Pinto, que tem liderado a associação ao longo dos últimos anos. Um grande feito para uma aldeia, que é actualmente o único representante do concelho de Penamacor no futebol sénior, e que serve de exemplo a seguir para outros clubes.

Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Carvalhal Formoso

Fundação:
1985
Localidade: Carvalhal Formoso (Ínguias), Belmonte
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Carvalhal Formoso e Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Belmonte

É na aldeia de Carvalhal Formoso, povoação anexa da freguesia de Ínguias, no concelho de Belmonte, que se situa uma das equipas de futsal mais regulares do distrito de Castelo Branco, que leva já cerca trinta anos a competir no campeonato distrital.

Tudo começou no dia 16 de Maio de 1985 quando é oficialmente criado o "Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Carvalhal Formoso", aldeia que como todas as outras necessitava de uma colectividade local que se encarregasse da realização de vários tipos de atividades na localidade. A nível desportivo o Cecurde (acrónimo pelo qual o clube é também conhecido) começou por ter os típicos jogos de futebol contra terras vizinhas, que já aconteciam anteriormente na aldeia, depois dedicou-se também ao futebol de cinco, modalidade que se começou a popularizar no início dos anos '90, com uma equipa que participava em torneios locais, e que obteve relativo sucesso, o que levou depois o clube a aventurar-se com uma equipa federada nos campeonatos distritais, onde se estreia na época de 1995/96. A equipa começou por competir no polidespotivo de Carvalhal Formoso, mas depois com as cada vez maiores exigências por parte dos órgãos oficiais, e a evolução da modalidade para o futsal, a equipa teve de mudar os seus jogos caseiros para o pavilhão de Belmonte, onde tinha melhores condições.

São já largos os anos que o Cecurde leva a jogar no campeonato distrital de futsal, sendo a equipa que se encontra à mais épocas consecutivos a competir nesta na prova, e onde apesar de nunca se ter sagrado campeã, atingiu por algumas vezes o play-off de apuramento de campeão. No seu palmarés constam ainda duas Taças de Honra, conquistadas nas épocas de 2007/08 e 2014/15, assim como a presenças na final em 2017/18 e 2019/20. Para além disso o clube organiza há mais de vinte anos um torneio anual de futsal, que conta sempre com grande adesão de várias equipas da zona, para além de outros torneios locais onde participa. Após mais de duas décadas a competir ininterruptamente no campeonato distrital de futsal, o Cecurde optou por não participar na época de 2020/21 devido à pandemia, que trouxe vários constrangimentos como a impossibilidade de realizar treinos no pavilhão, e também ao adiamento da prova que só se veio a realizar alguns meses depois do inicio da temporada, no entanto o clube regressou logo na época seguinte ao distrital, onde ainda se encontra.

Uma equipa que mesmo sendo de uma terra pequena, demonstra grande coragem e persistência, ao manter-se ano após ano em competição, sempre com gente da freguesia na equipa, tendo ao longo dos anos também apostado em equipas nas camadas jovens. A par disso o clube o clube tem uma grande importância na localidade, sendo a sua sede um dos principais ponto de encontro da aldeia, onde para além da vertente desportiva organiza ainda outras atividades culturais e recreativas.

Clube Cultural e Recreativo do Ninho do Açor

Fundação: 1977
Localidade: Ninho do Açor, Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Ninho do Açor

Fundado em finais dos anos '70, quando o associativismo começou a crescer um pouco por todas as localidades, em virtude da recém conquistada liberdade democrática, este clube foi criado com o objectivo de incentivar a população para atividades desportivas e culturais, visto que a aldeia não possuía nenhum tipo de colectividade.

Começaram então os jogos amigáveis com as terras vizinhas, no campo pelado que já existia à uns anos na localidade, a prática do futebol na aldeia remonta à década de '40, que no passado teve uma equipa que dava pelo nome de "Grupo Desportivo Nidense". O futebol entre outras atividades esteve sempre presente na juventude da terra, que já em 1975 participara no primeiro torneio inter-aldeias de sempre e que chegou a ser finalista em 1977, mas a presença do Ninho do Açor nesta competição só chega em força a partir dos anos '90, com a sua partição nos torneios inter-aldeias de 1991, 1992, 1993 e 1994, este último onde a equipa conseguiu chegar ás meias-finais, a equipa regressa depois a esta competição apenas em 1999, no torneio organizado pelo vizinho Sobral do Campo, jogando depois ainda nas edições de 2001, 2003 e 2004.

Desde então a juventude tem feito esporadicamente jogos amigáveis de futebol, sendo que o campo, agora também dotado de bar e bancadas, é usado somente para os jogos de solteiros contra casados, também acontece a pratica de futsal, pois a aldeia possui um ringue polidesportivo, apesar de o clube actualmente se dedicar mais à organização de actividades culturais e de lazer.

Futebol Clube Estrela de Unhais da Serra

Fundação: 1947
Localidade: Unhais da Serra, Covilhã
Modalidade: Futebol
Casa: Campo das Torgas

Em pleno parque natural da Serra da Estrela, situa-se a vila de Unhais da Serra, cujo clube de futebol pediu emprestado o nome. Em finais do ano de 1947 seria então fundado o "Futebol Clube Estrela" com o objectivo de incrementar as actividades desportivas na localidade, com destaque para o futebol que já na altura tinha uma certa popularidade.

A primeira participação do clube em competições federadas deu-se no campeonato distrital, onde a equipa se estreia na época de 1955/56. O Estrela de Unhais chegou a competir na III.ª Divisão Nacional por duas épocas, em 1956/57 e 1959/60, em virtude de se ter sagrado vice-campeão distrital, lugar que dava acesso a jogar na III.ª Divisão Nacional na mesma temporada. Entre 1955 e 1958, a equipa foi orientada por Fernando Cabrita, então em inicio de carreira, que mais tarde viria a ficar conhecido a nível nacional por vir a treinar, entre outros clubes, o Benfica. A equipa de Unhais da Serra ainda se inscreveu no campeonato distrital na temporada de 1960/61, mas acabou por ter de abandonar por questões financeiras, passando nessa época a competir no campeonato da FNAT (hoje Inatel), onde se manteve a jogar até à época de 1969/70. Já nesse tempo a escassez de equipas levou a alguma instabilidade no campeonato distrital que não se disputou em alguns anos, tendo algumas equipas optado por jogar na FNAT. O Estrela jogava no Campos das Torgas, um pelado perto da localidade, tendo depois passado para o Campo das Termas.   

Depois de alguma instabilidade, a equipa regressa novamente ao campeonato distrital apenas na época de 1975/76, onde se manteve a competir ininterruptamente, com a conquista de alguns lugares cimeiros. A equipa acaba por ser desprovida para a 2.ª Divisão Distrital na temporada de 1981/82, após terminar em último lugar, e o Estrela só regressaria novamente ao patamar superior na época de 1985/86, devido a nesse ano apenas se ter realizado um campeonato único dividido em duas séries. O Unhais voltou assim a jogar na 1.ª Distrital até à época de 1986/87, após a qual o clube acaba por desistir do futebol federado. A equipa regressa depois na época de 1989/90 para jogar na 2.ª Distrital, conseguindo a subida de divisão logo nesse ano, depois de terminar em 3.º lugar. O Estrela jogou depois na 1.ª Distrital até à época de 1992/93, onde após terminar em último lugar desce novamente para a 2.ª Divisão, e compete apenas por mais uma época. Nesse período de afastamento do futebol federado, o clube manteve alguns escalões no futebol de formação, e também contou com participações em torneios de futsal. O clube esteve depois inactivo durante alguns anos por vazio diretivo, tendo sido reactivado em inícios dos anos 2000.

Na época de 2003/04, e dez anos depois da sua última participação, o Unhais da Serra vê novamente a sua equipa voltar ao futebol federado, sagrando-se logo campeão da 2.ª Distrital, com a subida à 1.ª Divisão, patamar onde se foi mantendo com boas prestações. Entretanto a equipa viu-se forçada a realizar os seus jogos caseiros no campo do Paúl, depois do Campo das Termas, onde jogou durante muitos anos, ter sido ocupado para dar lugar à construção de uma unidade hoteleira, obrigando a equipa a jogar em casa emprestada até que as obras do novo campo estivessem prontas. Na época de 2006/07 o clube atinge o maior feito da sua história, ao sagrar-se pela primeira vez campeão distrital, e com a consequente subida à III.ª Divisão Nacional, onde na época seguinte conseguiu um formidável 4.º lugar, não muito distante da subida, no entanto a equipa viria a ser despromovida no ano seguinte. Após duas temporadas nos nacionais, o Estrela vê-se de novo no distrital e agora a jogar numa nova casa, depois de finalizadas as obras no Campo das Torgas, no entanto pouco durou a estadia nesse campo, visto que a época de 2009/10 foi mesmo a última do clube no futebol distrital, tendo terminado o campeonato no último lugar, e ficado impedido de se inscrever no ano seguinte por problemas de cariz financeiro.

Historicamente o Estrela de Unhais de Serra continua a ser a coletividade desportiva mais representativa da vila, porém encontra-se inactivo há já alguns anos, a sua atividade no futebol ficou completamente parada com o campo a ser usado apenas para fins recreativos e atividades de outras associações da vila.

Sport Clube de São Tiago

Fundação: 1978
Localidade: Partida (São Vicente da Beira), Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol da Partida

A Partida é uma aldeia anexa da freguesia de S. Vicente da Beira, no concelho de Castelo Branco, e como em todas as outras terras, o futebol sempre foi um gosto comum dos mais jovens. A prática desta modalidade começou nos anos '50, quando o fenómeno futebolístico se começou a popularizar na região, os homens da Partida ao verem os jogos amigáveis que se realizavam entres as terras vizinhas, quiseram eles também começar a entrar nessas andanças.

Foi em finais de 1954 que os rapazes da Partida fizeram um peditório pelo povo, para assim comprarem onze camisolas e uma bola, terraplanaram o campo de futebol (mais tarde inutilizado), e convidaram o Sobral do Campo para o seu jogo de estreia, que terminou num empate a zero. Duas semanas depois foi a vez da equipa da Partida ir jogar ao Sobral, onde perdeu por 4-3, o que fica por contar desse jogo, num desporto do qual ainda se sabia pouco na altura, foi a anulação de um golo da Partida que levou à interrupção do jogo durante 20 minutos, e a expulsão do árbitro pela policia local, depois o regedor do Sobral assumiu ele próprio a orientação do jogo, mas por desconhecer as regras do futebol, a equipa do Sobral até acabou com 12 jogadores em campo.

O associativismo na aldeia da Partida aparece apenas nos anos '70, apesar de nas décadas anteriores sempre se ter jogado futebol em jogos amigáveis, e foi por volta de 1972/73 que um grupo de populares constituiu o Sport Clube de São Tiago, cujo nome é em homenagem ao padroeiro da terra. O clube começou por organizar bailes e outras atividades continuando com o futebol, com a Partida a participar no primeiro Torneio Inter-aldeias em 1975, onde acabou por não passar da fase de grupos. Em 1978 o clube teve um novo ânimo e foi legalizado, continuando a servir a população através das suas atividades. Nos anos seguintes a Partida continuou a jogar futebol de forma amadora, com jogos frente a aldeias vizinhas, e contou ainda com uma participação no inter-aldeias de 1993 organizado em Sobral do Campo, seguem-se depois mais duas representações da equipa nos torneios de 2001 e 2003.

Apesar disso a Partida como aldeia anexa mais populosa da sua freguesia, sempre teve juventude para realizar jogos amigáveis, tendo já um novo campo com balneários situado na entrada da localidade, actualmente o clube encontra-se inativo, e o campo de futebol recebe apenas de vez em quando o jogo de solteiros contra casados, mas também jogos tradicionais como o jogo da malha e outros convívios.

Grupo Desportivo de Vales do Rio

Fundação: 1974
Localidade: Vales do Rio, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo da Portela / Pavilhão Polidesportivo de Vales do Rio

Foi em ano de revolução que se fundou na aldeia serrana de Vales do Rio este grupo desportivo, que tinha como objectivo principal dar oportunidade aos jovens da terra para que pudessem ocupar de alguma forma os seus tempos livres, a colectividade cedo começou a iniciar a sua prática desportiva dando uso ao campo pelado da Portela, primeiro com jogos amigáveis, e depois com a participação no campeonato do Inatel, de onde depois saltou para o futebol federado, tendo na época de 1978/79 se estreado no Campeonato Distrital de Futebol de Castelo Branco, na altura numa divisão única.
 
Na época seguinte a equipa viria a ser relegada para a recém criada 2.ª Divisão Distrital, após ficar em penúltimo lugar, e só veio a subir novamente à divisão principal em 1982/83. Na temporada seguinte Vales do Rio conseguiu a sua melhor classificação de sempre na 1.ª Distrital, ao terminar o campeonato no 3.º lugar, porém o clube abandonou o futebol federado no fim da época. O regresso da equipa sénior surge na temporada de 1987/88, sagrando-se logo campeã da 2.ª Distrital, o clube faria do futebol tradição, mantendo-se depois a competir na 1.ª Divisão por alguns anos, destacando-se o 3.º lugar obtido em 1989/90, que deu acesso à participação na Taça de Portugal na época seguinte, onde Vales do Rio foi eliminado na 1.ª ronda pelo Vilarense.

No início de 1992 o clube iniciou obras de reconstrução do polidesportivo, apoiadas pela Câmara Municipal da Covilhã, e que culminaram com a inauguração do seu pavilhão, que veio ajudar não só ás atividades desportivas, mas também aos eventos da população em geral. É por esta altura que o futebol de cinco começa a ganhar mais popularidade, e também em Vales do Rio se inicia a prática da modalidade de forma amadora, paralelamente com a equipa de futebol que continuou a competir a nível federado até à época de 1993/94, ano em que a equipa terminou por motivos de ordem financeira, com o futebol a continuar depois de maneira amigável. Na época de 1994/95 o clube começa a participar com uma equipa sénior de futsal (então futebol de cinco) no campeonato distrital, onde se sagra campeã logo no ano de estreia, de seguida subiu para a III.ª Divisão Nacional de Futsal. onde competiu durante alguns anos. Na temporada de 1999/00, já de regresso ao campeonato distrital, Vales do Rio desiste da equipa de futsal, após bons anos a levar o nome da aldeia um pouco por todo o país.

O regresso ás competições federadas de futebol surge na época de 2000/01, com a inscrição da equipa de futebol na 2.ª Divisão Distrital, onde se mantém a jogar até à época 2002/03. Por essa altura o clube volta a apostar no futsal, que na época seguinte à extinção do futebol, teve também o seu regresso aos distritais, sucesso que se confirmaria pouco depois, com Vales do Rio a sagrar-se campeão distrital na época de 2004/05. No ano seguinte o clube participa na III.ª Divisão Nacional, porém essa foi a sua última temporada no futsal sénior federado, que terminou por falta de apoios financeiros, e que anos mais tarde viria ter apenas participações nas camadas jovens.

Após décadas de intensa atividade desportiva, o clube dedicou-se nos anos seguintes à realização e participação de vários eventos culturais e recreativos, incluindo ainda esporádicas participações no futebol e futsal ao nível amador e uma participações pontual na época de 2009/10 com uma equipa júnior de futsal. Apesar de sempre ter sido a principal associação da freguesia, o clube encontra-se atualmente inativo.

União Lousense - Colectividade Recreativa e Cultural

Fundação: 1952
Localidade: Lousa, Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo das Naves / Polidesportivo Maria Alda Vaz Preto

Este clube desportivo, recreativo e cultural, sediado na aldeia de Lousa a cerca de 20 km da cidade de Castelo Branco, foi fundado no primeiro dia do ano de 1952, com a designação inicial de "Grupo Desportivo de Lousa", tendo depois em 1956 alterando o nome para o atual. Nos seus inícios teve a ajuda de beneméritos da terra, nomeadamente a família Vaz Preto, que cederam o local para a instalação da sede do clube e o terreno para o campo de futebol, que teve também a ajuda de toda população na sua construção, o mesmo encontra-se localizado à entrada da aldeia, junto da estrada nacional, numa zona denominada de "Naves" que lhe deu assim o nome.

O campo foi inaugurado ainda em 1952 num jogo amigável contra a equipa do "Grupo Desportivo da Auto-Mecânica da Beira", de Castelo Branco, juntamente com um jogo de infantis da escola primária da Lousa (a 3.ª contra a 4.ª classe), e um jogo de solteiros contra casados. A colectividade continuou muito ativa não só em jogos de futebol amigáveis e participação e organização de torneios, mas também noutras modalidades como ciclismo e atletismo, para além disso a sua sede passou a ser o principal centro de convívio na aldeia, com a realização de bailes populares e outra atividades culturais.  
 
Com alguns anos de interregno pelo meio, a Lousa volta ao futebol, com a participação no primeiro Torneio Inter-aldeias em 1975, pela mesma altura em que o clube voltou também ao ativo. Depois de mais alguns anos a participar em torneios e jogos amigáveis, o União Lousense regressa ao inter-aldeias em 1985 (organizado em Salgueiro do Campo), onde se fica pela fase de grupos, o mesmo acontece nas seguintes participações do clube nos torneios inter-aldeias de 1988 e 1996.

Em 1996 procede-se a uma melhoria das instalações anexas do campo de futebol, no bar, balneários e arrecadações, e posterior electrificação do espaço, com vista à participação da equipa no campeonato distrital, onde se estreou na época de 1996/97, com o União Lousense a competir na 2.ª Divisão. Nesse patamar manteve-se até à temporada de 2000/01, ano em que obtém o 2.º lugar na classificação e consegue a subida para 1.ª Divisão Distrital, um dos maiores feitos da história desportiva do clube. Essa presença no escalão superior durou apenas uma época, tendo a equipa descido novamente, permanecendo depois em competição na 2.ª Distrital até ter terminado com o futebol federado na temporada 2005/06, época após a qual suspendeu a modalidade por incapacidade financeira.

Até aos dias de hoje o União Lousense mantém-se ativo como uma das associações mais importantes da Lousa, apesar do futebol já não ter a mesma importância de outros tempos, pelo que o Campo das Naves se encontra inutilizado e ao abandono. Em 2019 o clube fez obras de requalificação no seu polidesportivo, permitindo assim uma melhor prática das modalidade de futsal e ténis, com a organização de jogos e torneios, este polidesportivo foi também batizado como forma de homenagem à família Vaz Preto, muito conhecida na localidade e na região, que foi quem à décadas atrás cedeu o terreno para a construção do polidesportivo. A coletividade continua ativa, e a realizar actividades culturais e recreativas na localidade, e com a sua sede social aberta à população.

Casa do Benfica em Penamacor

Fundação: 1997
Localidade: Penamacor
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Penamacor

A Casa do Benfica em Penamacor surgiu como ambição dos adeptos benfiquistas de Penamacor, em ver no seu concelho algo mais do que um simples convívio que já se realizava anualmente, para poderem partilhar o seu amor pelo clube. Essa ideia começou a tomar forma a meio dos anos '90, e pela mão do Eng.º João Boavista, a Casa do Benfica em Penamacor começa a ser cada vez mais uma possibilidade concretizável, iniciaram-se então deslocações a Lisboa e contactos com o SLB, e assim em 1997 foi permitida a criação da Casa do Benfica N.º 89, situada em Penamacor.

O clube começa com a modalidade de pesca desportiva juntamente com outras atividades sociais, mas é no inicio do milénio que se inicia aquela que viria a ser a sua modalidade principal e que elevaria o nome da colectividade, o futsal, com a criação de equipas de iniciados, juvenis e juniores, uma aposta numa modalidade então ausente em Penamacor. É na época de 2004/05 que começa a participação nos campeonatos distritais com uma equipa sénior, que obteve bons resultados, tendo conquistado o campeonato logo na temporada de 2005/06, subindo assim à III.ª Divisão Nacional de Futsal.

A estreia nos campeonatos nacionais foi boa, com a equipa a garantir a permanência, ao terminar a meio da tabela, na época seguinte, a equipa é despromovida após um 10.º lugar, sendo relegada de volta aos distritais. Em 2008/09, é com Bruno Travassos no comando da equipa, que a Casa do Benfica em Penamacor acaba por fazer uma das melhores épocas da sua história a nível desportivo, tendo alcançado a "dobradinha" distrital, ao vencer a Taça de Honra e o campeonato, batendo o Ladodeiro nos play-offs, e assegurando assim o regresso à III.ª Divisão. Na época seguinte a equipa consegue a sua melhor classificação de sempre em provas nacionais, com um surpreendente 4.º lugar.

Apesar da boa época desportiva, a equipa recusou participar na III.ª Divisão Nacional de Futsal na época de 2010/11 por motivos financeiros, mas mostrando-se disponível para competir nos distritais, porém essa recusa em participar nos nacionais, levou a que a Associação de Futebol de Castelo Branco multasse o clube com duas épocas de suspensão, e a equipa não voltou mais ao activo.

A própria Casa do Benfica de Penamacor encontrasse neste momento completamente inativa e sem qualquer tipo de actividade, mas ficou na história do futsal em Penamacor, pelos títulos conquistados e por ter sido um dos primeiros clubes a apostar nesta modalidade, com o futsal da vila a ser depois continuado pela Associação Desportiva Penamacorense em várias categorias.

Associação Cultural e Recreativa Juncalense

Fundação: 1975
Localidade: Juncal do Campo, Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Jogos de Juncal do Campo

Esta colectividade nascida no pós-25 de Abril, vem dotar a freguesia de um meio dinamizador que reunisse todas as atividades de carácter social, cultural, recreativo e desportivo, nesta última onde já se praticava a modalidade de futebol à alguns anos, na década de '40 criou-se o primeiro campo primitivo para a prática futebolística, depois a guerra do ultramar levou a que muitos jovens tivessem de abandonar a aldeia, tendo o futebol parado por completo, anos mais tarde, em Setembro de 1967, foi inaugurado o atual campo de jogos, cujo terreno foi cedido pela família Martins, o jogo teve a presença da equipa de Salgueiro do Campo, com quem o Juncal do Campo perdeu por 0-5.

Em 1975 é então fundada esta coletividade que veio trazer um grande movimento à aldeia, no que toca à parte desportiva, para além do futebol destacou-se também o atletismo com participação e organização de várias provas. Foi precisamente nesse ano que se realizou o primeiro torneio de futebol inter-aldeias, e onde o Juncal do Campo foi um dos organizadores, juntamente com o Palvarinho, então apoiados pela Direcção Geral de Desportos, participando também na competição, onde de resto acabou por ser uma das equipas mais regulares, com inúmeras participações ao longo dos anos. O regresso ao inter-aldeias dá-se em 1985, na altura organizado em Salgueiro do Campo, com a equipa do Juncalense a atingir os quartos-de-final. Há que destacar também os jogos de futebol feminino entre solteiras contra casadas que nesse tempo tinham lugar por altura das festas, e que mostravam que as mulheres juncalenses tinham também um gosto pelo futebol.

A incursão do Juncalense no futebol federado acontece pouco depois, na época de 1987/88, com a equipa a competir ininterruptamente durante cinco anos na 2.ª Divisão Distrital, até atingir a subida à 1.ª Divisão em 1991/92, depois de obter um 2.º lugar na tabela. A equipa acabaria por jogar apenas uma época na 1.ª Divisão Distrital, onde ficou em penúltimo lugar, terminando depois a sua participação no futebol federado. Pelo meio dessa aventura nos distritais, o Juncalense foi ainda ao inter-aldeias de 1989 (no Palvarinho), onde voltou a repetir exactamente o resultado da sua participação anterior, com presença nos quartos-de-final. Depois disso a equipa contou com participações regulares no torneio, nomeadamente em 1994, 1997 e 1998. Em 1999 o Juncalense obteve o seu melhor resultado na prova, ao sagrar-se vencedor do inter-aldeias, o que levou a que no ano de 2000 fosse o organizador. A equipa de Juncal do Campo participou ainda nos inter-aldeias de 2001, 2003 e 2004.

O clube atravessou depois um período de inactividade até ser anos mais tarde reactivado por uma nova direção. Fora o futebol, o Juncal também teve a pratica regular de futsal, com a organização e participação em torneios na zona, actualmente realiza também actividades sociais e culturais, com o futebol a ocupar sempre um destaque especial com jogos amigáveis.

Centro Popular de Trabalhadores Águias de São Miguel da Sé

Fundação: 1950
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal Vale do Romeiro

O Águias de São Miguel da Sé é um dos clubes históricos da cidade de Castelo Branco, mas entretanto já desaparecido, os seus fundadores começaram por se reunir no final dos anos '40 numa sala duma tasca situada na Rua da Sé, perto da Igreja de S. Miguel, mais conhecida como Sé Catedral de Castelo Branco, que viria a dar o nome à associação. Já nos anos '50 a colectividade ganhou mais autonomia e instalou-se na sua primeira sede na rua Ruivo Godinho (perto do Conservatório), e nos anos '60 mudou-se para a sua sede definitiva, na rua 5 de Outubro, (junto da Avenida Humberto Delgado), local onde começou a desenvolver a sua actividade, e se tornaria numa das equipas de futebol mais conhecidas da cidade.

O Águias de S. Miguel da Sé nunca esteve federado na Associação de Futebol de Castelo Branco, mas teve a sua equipa inscrita no antigo campeonato da FNAT (hoje Inatel) onde se estreou na época de 1967/68, então sob a denominação de "Centro de Recreio Popular Águias de São Miguel da Sé" (e mais tarde alterada para Centro Popular de Trabalhadores), sendo a primeira equipa de Castelo Branco a competir na prova, que era na sua maioria composta por equipas do concelho da Covilhã. Neste campeonato o Águias da Sé competiu ininterruptamente até finais da década de '70, tendo em 1974 ganho a "Taça do Trabalhador", também organizada pelo Inatel, e cuja final se realizou na Covilhã. Apesar de ser uma equipa amadora, por ela passaram muitos jogadores que viriam mais tarde a jogar no Benfica e Castelo Branco, sendo o seu auge futebolístico as décadas de '60 e '70, também com a organização e participação em torneios de futebol, tendo a associação depois ganho mais notoriedade no atletismo, e com outras modalidades como o pingue pingue, andebol e atividades recreativas que realizava na sua sede social, que era um ponto de encontro na cidade.

Nos anos seguintes o Águias da Sé, já longe do fulgor de outros tempos, esteve mais parado, em finais dos anos '90 participou no futsal amador, com presença em torneios locais, e apenas no inicio do milénio voltou ao futebol, com duas participações consecutivas no Torneio Inter-aldeias, nomeadamente em 2003 e 2004, onde a equipa não passou da fase grupos. O clube organizou ainda torneios quadrangulares de futebol, mas por volta de 2005 dá-se a extinção repentina da colectividade por questões financeiras, um clube que fica agora na memória da cidade como um dos clubes históricos do associativismo albicastrense e do desporto popular.

Associação Recreativa e Cultural de Oleiros

Fundação: 1976
Localidade: Oleiros
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal de Oleiros

Na vila de Oleiros, zona do Pinhal Interior Sul, nasceu a meio dos anos '70 aquela que viria ao longo do tempo a tonar-se numa das principais colectividades do concelho. Como a sua designação indica, tinha como objectivos principais, o recreio e a cultura, a par da actividade desportiva que veio a desenvolveu mais tarde, com modalidades como a pesca e o atletismo.

O futebol estava já presente na vila com os típicos jogos entre terras vizinhas, e até com participações no inter-aldeias, nomeadamente na primeira edição de todas em 1975, e também no torneio de 1978, realizado no Estreito pelo Águias do Moradal, ano esse em que houve uma grande participação de equipas do concelho, como Oleiros, Estreito, Orvalho e Mosteiro, entre outras da região. Na época de 1978/79 Oleiros participou com uma equipa no campeonato distrital de juniores, porém foi por iniciativa da "Secção Desportiva dos Bombeiros Voluntários de Oleiros".

O futebol sénior federado chega apenas na época de 1986/87, com a equipa a estrear-se no campeonato distrital, na altura havia apenas uma única divisão dividida em duas séries. Na época seguinte acaba por se ficar pelos últimos lugares e ser despromovida para a 2.ª Divisão Distrital, patamar onde viria a garantir a subida em 1989/90, após ficar em 2.º lugar. Depois disso o Oleiros manteve-se a competir ininterruptamente na 1.ª Distrital durante mais de vinte anos sem nunca voltar a descer de divisão, ao longo desse percurso a equipa teve altos e baixos em termos de resultados, tendo como melhor classificação um 3.º lugar na época de 1996/97, e ainda uma presença na final da Taça de Honra em 2003/04, que perdeu para o vizinho Águias do Moradal. Para além disso o clube teve também futebol de formação e futsal feminino sénior e de formação, que até inícios dos anos 2000 foram uma aposta do clube.

Mas foi apenas na temporada de 2015/16 que a ARCO atingiu o seu auge futebolístico, ao realizar uma época brilhante que culminou num 2.º lugar sem sofrer qualquer derrota, e a apenas dois pontos do campeão distrital desse ano, o Sporting da Covilhã "B", que acabou por prescindir da subida aos nacionais, cabendo ao Oleiros preencher essa vaga, e conseguindo assim a primeira subida da sua história aos campeonatos nacionais, no ano do seu 40.º aniversário. A época ficou ainda marcada pela conquista do seu primeiro titulo, ao vencer a Taça de Honra, com a vitória na final sobre a equipa "B" do Sporting da Covilhã.
 
A ARCO representou a vila de Oleiros no Campeonato Portugal, onde conseguiu a manutenção nas cinco épocas seguintes, fazendo história na sua participação em provas nacionais. De realçar ainda a sua presença na Taça de Portugal, onde na época de 2016/17 recebeu no Municipal de Oleiros a equipa do Sporting. Após alguns anos a jogar a um bom nível no Campeonato de Portugal, e mesmo conseguindo a manutenção, na época de 2021/22 o clube viu-se impedido de participar nas provas nacionais por não reunir os requisitos necessários impostos pela FPF ao nível das camadas jovens, situação que levou a associação, que então já estava apenas a ser gerida por uma comissão administrativa, a entrar num vazio diretivo e a cessar totalmente a sua atividade por tempo indeterminado.

Associação Recreativa e Cultural de Aldeia Nova do Cabo

Fundação: 1977
Localidade: Aldeia Nova do Cabo, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo do Cabeço da Velha / Polidesportivo de Aldeia Nova do Cabo

O futebol nesta aldeia vizinha do Fundão começa na década de '30, quando um grupo de jovens se reuniu no sótão de um sapateiro local, para se decidirem a fundar um clube na terra, e por sugestão de José Trindade Dionísio, um dos fundadores, foi escolhida a designação de "União Clube de Santa Cruz" (com origem no nome da padroeira da terra). A equipa vestia de azul, com os primeiros equipamentos, botas e as primeiras bolas a serem oferecidos pelo conterrâneo Feliciano Gonçalves. Este clube viria a tornar-se com o passar dos anos, na mais representativa equipa de futebol de Aldeia Nova do Cabo.

Em 1934, é fundado por jovens da terra, o "Santa Cruz Foot-ball Club", numa reestruturação do clube já existente, e incentivados pela prática futebolística que já se fazia com muita frequência na maioria das localidades do concelho do Fundão, esta equipa de Aldeia Nova do Cabo logo tratou de arranjar um campo de futebol para o efeito, que foi utilizado nos anos seguintes em jogos amigáveis contra equipas da zona, e até este clube desaparecer já na década '60.

Mais tarde, é fundada em finais dos anos '70 esta Associação Recreativa, que veio colmatar a inexistência de uma entidade que organizasse actividades desportivas, culturais e sociais em prol do população. O futebol já era costume na terra, com os populares jogos de solteiros contra casados, e também praticado de forma amadora contra aldeias da vizinhança, no campo de futebol pelado que se situa no lugar de Cabeço da Velha, nos arredores de Aldeia de Nova do Cabo.

O futebol a nível federado surge apenas na década de' 90, com a equipa a participar durante três temporadas consecutivas no campeonato distrital da 2.ª Divisão, nomeadamente da época de 1992/93 até à de 1994/95, em que a equipa, maioritariamente constituída por jogadores da terra, conseguiu modestas classificações. Posteriormente outra colectividade da aldeia, a "Associação dos Amigos da Aldeia Nova do Cabo", competiu a nível federado com equipas nas camadas jovens.

No inicio do milénio a associação teve uma grande atividade desportiva em modalidades como basquetebol, voleibol, andebol, ténis, atletismo, ténis de mesa e snooker, tendo participado em torneios de futsal na região, nos últimos anos tem-se dedicado mais a outras actividades recreativas e culturais que desenvolve na comunidade.

Sport Clube Sobreirense

Fundação: 1930
Localidade: Sobreira Formosa, Proença-a-Nova
Modalidade: Futebol e Futsal
CasaCampo de Futebol de Sobreira Formosa / Pavilhão Desportivo do antigo Instituto de S. Tiago

Fundado a 10 de Novembro de 1930 o "Sport Club Sobreirense" situa-se na histórica vila de Sobreira Formosa, perto de Proença-a-Nova. Dada a realidade social da altura, a coletividade, sendo uma das primeiras a surgir na terra e até uma das mais antigas do concelho, começou por realizar apenas atividades recreativas, sendo um clube elitista que só permitia a entrada a pessoas de relevância na sociedade local, foi lá que surgiu o futebol, que apareceu na localidade nos anos '50. Em contrapartida a Casa do Povo de Sobreira Formosa, fundada em 1938, era o clube do povo, frequentado por toda a população, e que durante vários anos teve também equipa de futebol, e chegou inclusive a competir nos campeonatos da antiga FNAT (hoje Inatel), na época de 1954/55, sob a designação de "Centro de Recreio Popular de Sobreira Formosa".

Nos anos '60 uma nova direcção do Sobreirense autorizou o livre acesso ao clube, fazendo dele também um clube popular, e começou então a ter mais adesão nas suas actividades, porém o futebol continuou apenas no seio da Casa do Povo, onde é praticado nas décadas seguintes. Em 1982 a equipa participa no Torneio Inter-aldeias, organizado pela ADC Proença-a-Nova, prova que contou na sua maioria com equipas do concelho, tendo a equipa do Grupo Desportivo da Casa do Povo de Sobreira Formosa sido vencedora da competição. Essa foi uma das últimas provas em que a Casa do Povo participou, tendo nos anos seguintes sido o Sobreirense a "tomar conta" do futebol na vila, com a participação em torneios locais e jogos amigáveis, não só em futebol como também no então futebol de salão.

O clube manteve-se até inícios do milénio em atividade, como um local de encontro para população, principalmente dos mais jovens, ma entrou depois num longo período de inactividade, tendo sido reactivado em 2014 por um grupo de gente da terra. O Sobreirense para além da sua sede utiliza também as instalações da antiga Casa do Povo, sendo actualmente o principal dinamizador da localidade, onde nos últimos anos tem organizando muitas atividades, entre elas a participação em torneios de futsal, mantendo-se como uma coletividade histórica de Sobreira Formosa e do próprio concelho.

União Desportiva de Aldeia de Santa Margarida

Fundação: 1980
Localidade: Aldeia de Santa Margarida, Idanha-a-Nova
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Jogos António Vaz Sarafana

Foi ainda a meio do século passado que a juventude desta aldeia raiana começou a demonstrar interesse no futebol, começaram por usar o terreno nas traseiras da escola primária, até que já no final da década de '50 o Dr. Francisco Rolão Preto, conhecido proprietário, ofereceu o terreno onde se fez o primeiro campo de futebol em terra batida, e a partir do qual se começaram logo a fazer jogos com as terras vizinhas.

O futebol de forma amadora ia sendo jogado com mais ou menos regularidade, até anos mais tarde, no dia 30 de Maio de 1980 ser então constituída a "Associação Cultural e Desportiva de Aldeia de Santa Margarida", que tinha como principais objectivos a promoção cultural, desportiva e recreativa dos seus associados, e da população local. A associação começou com as modalidades de atletismo, cicloturismo, ténis, tiro ao prato, e claro o futebol.

Foi depois inaugurado em 1983, o Campo de Jogos António Vaz Sarafana com a renovação do antigo campo, que passaria agora a servir também de recinto de festas, tal equipamento contou dois anos mais tarde, com a construção de um ringue polidesportivo que possibilitou a prática do futebol de cinco na aldeia. De entre os muitos torneios que a associação organizou, destaca-se o torneio inter-aldeias de 1988, prova que decorreu em Aldeia de St.ª Margarida, e no qual participaram maioritariamente equipas da zona de Idanha-a-Nova e Penamacor. Ao nível de participações no inter-aldeias, a equipa marcou ainda presença no ano de 1996, competição que venceu juntando-a a outros troféus que a equipa de futebol daquela geração conquistou.

Em 1997 os dirigentes da Associação Cultural e Desportiva de Aldeia de Santa Margarida resolveram, por questões organizacionais, criar uma nova entidade, denominada "União Desportiva de Aldeia de Santa Margarida". Esta colectividade, embora tenha mantido os mesmos objectivos da anterior, e cumprido todas as formalidades para funcionar legalmente, não registou qualquer actividade, estando o futebol e o desporto da aldeia ditados ao abandono, causado pela desertificação generalizada que atacou o interior do pais, o campo de futebol recebe apenas um jogo por ano, o tradicional solteiros contra casados.

Centro Educativo Popular de Alpedrinha

Fundação: 1955
Localidade: Alpedrinha, Fundão
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Alpedrinha

No concelho do Fundão, mais propriamente na zona da sul, onde se situa a Serra da Gardunha, encontra-se a histórica vila de Alpedrinha, também apelidada de "Sintra da Beira" e da qual o futebol fez jus à mesma fama que todo do seu património histórico.

O primeiro clube aparece muito cedo, quando em 1902, longe sequer de existirem ainda os "três grandes" do futebol nacional, Francisco Dias da Cruz de Matos Boavida, um ilustre da terra, fundou o "Alpedrinha Foot Ball Club", entrando nesta modalidade que estava ainda muito no inicio, fez-se então uma angariação de fundos com a finalidade de construir um campo de futebol na terra, mas que nunca se concretizou tendo o clube desaparecido pouco tempo depois. O desporto na vila só começa realmente em 1925, por iniciativa de Francisco Ribeiro Passos, que formou uma sociedade de recreio intitulada "Foot-Ball Club Cintra da Beira", e cujo fim era unicamente proporcionar aos associados treinos de futebol e jogos com outros clubes da região, que na altura eram muito poucos, com alguns grupos das zonas de Fundão e Covilhã. Após vários esforços conseguiram um campo próximo da estação dos caminho de ferro de Alpedrinha que dura até aos dias de hoje. Em 1926, devido a desavenças entre sócios, este grupo fraccionou-se, tendo os seus membros formado novos grupos, mas mais virados para outras áreas que não o desportiva.

Apenas décadas mais tarde apareceu o CEPA (Centro Educativo Popular de Alpedrinha), que de entre as muitas actividades sociais e culturais que dinamizou, o desporto foi a que ocupou o lugar principal, começando por organizar torneios de futebol, de futebol de salão, entre outras modalidades, e participou em torneios um pouco por toda a região, equipando de azul e branco, as cores da freguesia. O CEPA foi a principal coletividade desportiva (e não só) de Alpedrinha durante mais de trinta anos, sendo a principal dinamizador da vila, até ter desaparecido pouco antes do início do novo milénio. A par do CEPA, o desporto continuava também simultaneamente noutras coletividades da terra, como a Liga dos Amigos de Alpedrinha ou a Casa do Povo de Alpedrinha, que ao longo dos anos tiveram também as suas equipas de futebol.

Depois disso coube ao Teatro Clube de Alpedrinha manter vivo o desporto na vila, e assim começou juntamente com a juventude alpetriniense, a organizar e a participar em torneios de futebol e futsal, com a vila a ver finalmente concretizada a construção de um ringue polidesportivo público que era esperado à anos. Dos vários torneios em que o TCA participou, destaca-se a presença no torneio de futebol inter-aldeias de 2007 em Atalaia do Campo.

Actualmente o desporto mais praticado na vila é o futsal, com a terra a participar em torneios na região apoiada pela Junta de Freguesia de Alpedrinha.

Sport Clube do Barco

Fundação: 1976
Localidade: Barco, Covilhã
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Jogos 19 de Abril

Fundado na aldeia serrana de Barco, perto das margens do Rio Zêzere, o Sport Clube do Barco teve um extraordinário percurso no futebol distrital, onde se sagrou campeão algumas vezes, levando o nome da aldeia por toda a região. Numa altura em que a juventude ainda não estava habituada aos jogos de futebol, foi na década de '60 que o então Padre Manuel Curto, começou a treinar um grupo de jovens da terra e a leva-los a interessarem-se pelo futebol, juntando toda a população aos Domingos para verem os rapazes jogar, foi a partir dessa dinâmica que nasceu em 1976 o "Sport Clube do Barco", que se inicia com uma equipa nas competições federadas logo nesse ano.

É na época de 1976/77 que o Barco se estreia no campeonato distrital de Castelo Branco e começa a prometer muito com a obtenção de bons resultados, após terminar em 3.º e 4.º lugar nas duas primeiras épocas. O Barco sagra-se campeão distrital pela primeira vez na temporada de 1979/80, subindo assim à III.ª Divisão Nacional, de onde é depois despromovido no ano seguinte. No entanto o regresso ao campeonato distrital dura pouco, tendo a equipa se sagrado novamente campeã distrital em 1981/82.

De novo na III.ª Divisão Nacional, o Barco consegue a permanência, ficando-se pelos lugares a meio da tabela, num plantel em que, de entre muitos jogadores de uma família local de apelido "Brito",  despoletava o avançado César Brito, jogador da terra que segue depois para o Sporting da Covilhã, e que mais tarde viria a brilhar no Benfica. Ainda em palcos nacionais na temporada de 1983/84, a equipa do Barco já não teve a mesma sorte, e após os maus resultados acaba por desistir da competição, porém nessa época há que destacar um jogo a contar para a Taça de Portugal, em que o Barco recebeu no seu campo o Vitória de Guimarães, num jogo de casa cheia que a equipa acabou por perder 3-7. Regressado novamente ao distrital na época seguinte, o Barco mantém-se a jogar apenas uma temporada, até efectuar uma paragem no futebol federado por motivos financeiros.

O clube continuou com outras actividades, e também com camadas jovens em competição, e o regresso da equipa sénior ás competições federadas surge apenas em 1991/92, agora na 2.ª Divisão Distrital, onde acaba por se sagrar campeão em 1992/93, seguidamente a equipa mantém-se durante três temporadas na 1.ª Distrital, até ser despromovida para a 2.ª Divisão Distrital em 1995/96 após ficar em penúltimo lugar no campeonato. A equipa do Barco competiu na divisão inferior até desistir novamente do futebol federado em 1997/98. O clube atravessou depois uma grave crise financeira e directiva que quase o levou a fechar portas, mas conseguiu estabilizar-se.

O Barco continuou ainda na década seguintes com futebol nos escalões mais jovens, e com jogos amigáveis frente a outras equipas da zona. Depois de alguns períodos de inatividade o clube ainda esteve ativo durante algum tempo, realizando apenas atividades sociais e recreativas, porém acabou por cair num vazio diretivo no qual ainda se encontra. Um clube que sempre foi a principal colectividade da freguesia, e que tanto sucesso teve a nível desportivo.

Grupo Desportivo de Valverde

Fundação: 1947
Localidade: Valverde, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Jogos de Valverde / Pavilhão Desportivo de Valverde

Na populosa aldeia de Valverde, situada a apenas 3 km da cidade do Fundão, está sediado este Grupo Desportivo, colectividade nascida nos anos '40, no seio da Casa do Povo local, e que é das mais antigas em atividade no concelho.

Este clube nasce numa altura em que a febre do futebol estava perto de atingir o seu auge de popularidade, a equipa organizou alguns torneios de futebol popular na zona, onde participavam não só equipas da região, como de todo o território nacional, é exemplo um torneio em 1953, que contou com as equipas do Sporting, Académica e Operário. Valverde sempre teve muita actividade no futebol amador, com a organização de jogos amigáveis com muita regularidade, contando com os jovens da aldeia, contra outras terras vizinhas, que tinham sempre muito apoio por parte da população. Em 1987 o Grupo Desportivo obtém a sua autonomia como coletividade independente, deixando assim de estar agregado à Casa do Povo de Valverde. Em 1993, com algum esforço financeiro, o clube adquiriu um terreno, no qual construiu um rinque polidesportivo e que veio permitir a pratica do futsal à juventude da terra, que vinha a participar em alguns torneios.

A chegada ao futebol federado acontece apenas na época de 1999/00, então na 2.ª Divisão Distrital, o seu percurso a nível distrital teve apenas uma interrupção na época de 2001/02 (em que não inscreveu equipa). O clube regressa logo em 2002/03, e consegue a subida para a 1.ª Divisão Distrital na época seguinte, em que apesar de nessa temporada a equipa ter estado muito perto dos lugares de subida terminou em 3.º (apenas subiam o 1.º e 2.º classificados), mas haveria de ser promovida para a 1.ª Distrital aproveitando a vaga deixada pela equipa da Estação, que tinha desistido da prova. No patamar principal do distrito, a equipa esteve em competição durante seis épocas, onde obteve bons resultados, com destaque para o 5.º lugar obtido em 2008/09. O clube encerrou a sua participação no campeonato distrital na época de 2009/10, tendo entrado numa grave crise financeira e consequentemente directiva, da qual levou alguns anos a recompor-se.

Nos anos seguintes, e a recuperar da crise em que se encontrava, o GDV dedicou-se ao futsal, e com bons resultados, possuindo boas instalações para o efeito, com a construção de um moderno pavilhão desportivo no local do antigo polidesportivo, tendo organizado vários torneios com equipas de nível nacional e internacional, torneios que foram ganhando notoriedade nos escalões de formação.

O clube apostou também numa equipa de futsal feminino que se sagrou campeã distrital logo na sua época de estreia em 2015/16, e que começou a dominar a sua categoria a nível distrital, com nova conquista nos campeonatos das épocas de 2016/17 e 2017/18, esta última onde venceu ainda a Taça da AFCB e conseguiu a subida aos patamares nacionais, tendo chegado à 1.ª Divisão Nacional da categoria na época de 2018/19, um feito até então histórico para uma equipa da região. A estadia na 1.ª Divisão durou apenas uma temporada, com o Valverde a ser de novo despromovido ao distrital, onde simultaneamente teve também uma equipa "B" em competição. A equipa entrou na época de 2019/20 como a grande favorita à conquista do campeonato distrital, que acabou por ganhar, dominado por completo, e fazendo ainda a "dobradinha" ao vencer também a Taça da AFCB. 

O GD Valverde teve uma grande importância na criação da 2.ª Divisão Nacional de Futsal Feminino, que arrancou em 2020/21, ao ter impulsionado esse movimento que teve uma grande adesão por muitos clubes a nível nacional, e que levou a Federação Portuguesa de Futebol a equacionar a hipótese e a criar esse escalão, que assim permite que as equipas que descem da 1.ª Divisão Nacional não vão parar directamente aos distritais, e tenham a 2.ª Divisão Nacional como patamar intermédio. Apesar dos títulos distritais que a equipa de futsal feminino conquistou nas épocas de 2020/21, 2021/22, 2022/23 e 2023/24 o clube não conseguiu passar no apuramento para subir novamente aos patamares nacionais, a equipa só haveria de subir para a 2.ª Divisão Nacional após preencher as vagas deixadas por irregularidades de outras equipas que foram excluídas da prova, e assim na época de 2024/25 estreia-se nesse escalão, porém o Valverde não conseguiu alcançar a manutenção, sendo relegado para as provas distritais na temporada seguinte.
 
O Grupo Desportivo de Valverde continua muito activo no que ao futsal diz respeito, não só com a equipa feminina mas também nas camadas jovens, e encontra-se num bom caminho para crescer e continuar a servir a sua localidade a bem do desporto e da região, sendo responsável por organizar outras atividades recreativas e culturais, dinamizando a aldeia.

Associação Desportiva e de Acção Cultural Sarnadense

Fundação: 1976
Localidade: Sarnadas de Ródão, Vila Velha de Ródão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de Sarnadas de Ródão / Polidesportivo de Sarnadas de Ródão

O associativismo aparece em Sarnadas de Ródão na década de 70, numa altura em que a prática do futebol era já muito popular na aldeia, com jogos a serem realizados no campo de futebol pelado perto da linha dos caminhos de ferro. Sarnadas de Ródão participou com uma equipa no primeiro Torneio Inter-aldeias realizado em 1975, sendo depois disso constituída oficialmente a "Associação Desportiva e de Acção Cultural Sarnadense", que desde então passou a ser o maior dinamizador desportivo da localidade. Em 1978 participa novamente no inter-aldeias, organizado no Estreito pelo então recém criado Águias do Moradal.

Anos mais tarde com a construção do ringue polidesportivo, o futsal passou a ser, a par do futebol, a modalidade mais praticada pela associação, com jogos amigáveis e participações em torneios regionais, no entanto a próxima participação no inter-aldeias ocorre apenas em 1985, competição organizada em Salgueiro do Campo, onde a equipa de Sarnadas acaba por se ficar pela fase grupos.

Deste de então a ADACS continua viva, com participações regulares em eventos desportivos como ciclismo, trail e futsal, visto que o número de jovens na terra já é insuficiente para a prática do futebol, porém estabeleceu-se como a colectividade principal da sua localidade e até das mais ativas do concelho, pelo trabalho que continua a desenvolver em prol de Sarnadas de Ródão.

Grupo Desportivo e Cultural dos Três Povos

Fundação: 1969
Localidade: Salgueiro (Três Povos), Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Parque Desportivo dos Três Povos

Este clube é oriundo da zona mais a norte do concelho do Fundão, onde se situa a freguesia de Três Povos, cuja  designação remete ao conjunto de três aldeia distintas, Salgueiro, Escarigo e Quintãs, apesar do clube estar sediado na primeira delas, o mesmo representa como um todo as localidades que compõem a freguesia.

A prática do futebol por estas bandas surge um pouco como em todo o lado, em finais da década de '60, com um grupo de jovens da terra que faziam jogos em campos lavrados de um terreno emprestado para o efeito, que então se empenharam na criação do "Três Povos Futebol Clube", que começou por realizar inicialmente jogos amigáveis contra equipas de aldeias vizinhas, até anos mais tarde se ter construído o atual campo de futebol, que trouxe já melhores condições para a prática desportiva. 

A equipa continuou a realizar jogos amigáveis e passou a contar com o apoio da Casa do Povo, que financiou o clube através da aquisição de equipamentos, sendo que nessa altura passa a chamar-se "Grupo Desportivo e Cultural dos Três Povos", nome que se manteve até hoje. Nos anos '80 o clube participou num torneio de futebol entre aldeias da sua zona, do qual saiu vencedor, obtendo um registo de cerca de trinta jogos sem derrotas. O futebol dos Três Povos foi sendo levado cada vez mais a sério, e a equipa inscreveu-se no campeonato do Inatel sob a égide da Casa do Povo. Posteriormente surge então uma equipa federada no campeonato distrital de Castelo Branco, que se estreia na época de 1991/92, competindo sempre na 2.ª Divisão, onde se manteve até à temporada de 1995/96, depois disso o clube teve ainda uma equipa no campeonato distrital de juniores da Associação de Futebol de Castelo Branco.

Já no novo milénio a equipa conta com inúmeras participações em torneios de futebol
na região, e também futsal, com a inauguração de um ringue polidesportivo com relvado sintético, organizando os seus próprios torneios, sempre com o objectivo de elevar o nome das suas aldeias pela região fora.

Centro Popular de Cultura e Desporto de Lardosa

Fundação: 1975
Localidade: Lardosa, Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Jogos Domingos Silvares / Polidesportivo de Lardosa

O futebol na ainda hoje populosa aldeia de Lardosa, começou a ser jogado de forma amadora, num terreno pelado circundante à localidade, no entanto é já em 1975, antes deste clube ser criado, que a aldeia participa com uma equipa no primeiro Torneio Inter-aldeias, onde atinge as meias finais, pouco tempo depois surge oficialmente esta colectividade, sediada na Casa do Povo de Lardosa, cuja sede ficou a seu cargo anos mais tarde.

A vontade de jogar futebol foi sendo cada vez maior, o que levou o clube a investir e a melhorar as suas instalações, ao mesmo tempo a juventude da terra ia participando em jogos amigáveis com boas exibições no campo pelado da Lardosa, sendo que em 1980 é inaugurado o Campo de Jogos, num terreno cedido por Domingos Silvares, benemérito da freguesia cujo nome foi dado ao campo em forma de homenagem, anos mais tarde o campo foi dotado de melhores condições como balneários, bar e bancadas.

A primeira participação da Lardosa no Campeonato Distrital de Castelo Branco, surge na época de 1984/85 na 2.ª Divisão, onde o clube acabou por atingir a subida de divisão para 1.ª Distrital, derivado de no ano seguinte não se poder realizar o campeonato da 2.ª Divisão por não haverem equipas suficientes. No entanto a equipa da Lardosa acabaria por ser despromovida ao segundo patamar distrital na época 1986/87, após terminar em último lugar da tabela. A equipa haveria de atingir novamente a subida para a 1.ª Distrital em 1988/89, após um 2.º lugar atrás do Indústria Cebolense, nessa época o clube ganhou ainda o taça disciplina que muito orgulhou atletas, dirigentes e o treinador Jorge Abelho. Na época seguinte a manutenção foi conseguida com alguma dificuldade, com o clube a conseguir a 11.ª posição (de entre 14 equipas). Na temporada a seguir, a equipa agora treinada por Sequeirinha, conseguiu o 10.º lugar, assegurando mais uma vez a manutenção, sendo atribuída mais uma vez à equipa a taça disciplina. Mas depois em 1991/92 a Lardosa termina o campeonato nos últimos lugares, posição que ditava a descida da equipa para a 2.ª Divisão Distrital, porém o clube acabou por desistir do futebol federado nesse ano, devido a uma crise financeira e diretiva.

A Lardosa regressou assim ao futebol amador e participa no Inter-aldeias de 1993, organizado em Sobral do Campo, onde não passou da fase de grupos. No entanto, a paragem do futebol federado foi curta já que na época de 1994/95 a equipa regressa à 2.ª Distrital, onde se manteve em competição até nova desistência no final da temporada seguinte, fruto dos maus resultados. A equipa ainda voltou na época de 1997/98, novamente na 2.ª Divisão, mas termina no último lugar. Os problemas directivos e financeiros levaram o clube a optar novamente pelo futebol amador, e a Lardosa mostrou estar ainda à altura, com participações no Torneio Inter-aldeias em 2000, 2001, 2002 e 2004, onde apesar de não se ter sagrado campeã em nenhuma edição, ganhou a Taça Disciplina no inter-aldeias em 2004, pelo fair-play demonstrado durante a prova.

Poucos anos depois surge uma nova fase na história do clube, com o tão esperado regresso aos distritais em 2005/06, nessa mesma época foi extinta a 2.ª Divisão Distrital por falta de equipas, o que fez com que a Lardosa disputasse a 1.ª Distrital na época seguinte, patamar onde jogou entre os "grandes" do distrito, e conseguiu manter vivo o futebol com a juventude da terra, os resultados menos bons, originaram inclusivamente aparições da equipa no programa de televisão "Liga dos Últimos" da RTP, facto que engrandeceu ainda mais o clube, que apesar de tudo competiu sempre pelo desporto e pela terra, até que surge uma nova desistência na época 2009/10 por motivos financeiros, essa que foi a última temporada da Lardosa no futebol distrital.

Desde então têm-se realizado esporadicamente jogos no Campo Domingos Silvares, e apesar da colectividade continuar ativa com outras atividades, o futebol na Lardosa ainda não voltou de vez. Após alguns anos de inatividade o clube foi reativado em 2018, com a reabertura da sua sede social à população e a realização de várias atividades, entre elas o futsal com a participação em torneios onde a equipa da Lardosa conquistou alguns títulos.