Liga dos Amigos do Alcaide
Localidade: Alcaide, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol do Alcaide / Polidesportivo do Alcaide
O desporto nesta aldeia começou no final da década de '40, altura em que um pouco por toda a região, se deu um grande incremento na prática desportiva, particularmente no futebol, modalidade que aqui teve a sua primeira equipa sediada no "Grupo Desportivo da Casa do Povo do Alcaide", realizando vários jogos amigáveis frente a terras vizinhas. Nesse tempo já muitas eram as equipas a jogar futebol, mas a maioria não tinha ainda um campo próprio digno de receber jogos, no caso do Alcaide o seu campo de futebol seria inaugurado em 1952, numa partida frente à equipa de Escalos de Cima.
Poucos anos depois foi criada a "Liga dos Amigos do Alcaide," fundada a 11 de Dezembro de 1955, por um grupo de alcaidenses, com o objetivo de dinamizar a localidade com várias iniciativas. Desde logo esta coletividade teve um papel importante no desenvolvimento cultural, social e desportiva do Alcaide, com a organização de festivais de folclore, almoços de confraternização, e intervenção em obras da causa pública. Na década de '60 o futebol desagregou-se da Casa do Povo e passou para a Liga dos Amigos, que manteve a juventude da terra ativa com jogos amigáveis e participação em torneios locais. Nos finais da década de '70 o Alcaide começa também a participar em torneios do então futebol de salão, mais de futsal. Na década de '90 foi inaugurado no Alcaide um ringue polidesportivo pertencente à Liga dos Amigos, que veio trazer uma maior potencialidade para esta vertente do futebol, começou assim a ter lugar a organização de torneios e inclusivamente chegou a existir futsal de federado, com a Liga dos Amigos do Alcaide a participar com uma equipa de juniores nas época de 1995/96 e 1996/97 no campeonato distritais de Castelo Branco.
Atualmente a Liga dos Amigos do Alcaide desempenha um papel fundamental na vida da sua freguesia, organiza anualmente o "Míscaros - Festival do Cogumelo", o maior evento realizado no Alcaide e que atrai centenas de pessoas à aldeia, tem ainda um grupo de bombos e realiza muitas outras outras atividades, na parte desportiva tem organizado nos últimos anos torneios de futsal, mantendo o polidesportivo com alguma utilização.
Desportivo de Castelo Branco
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Campo Sintético da Zona de Lazer
O Desportivo de Castelo Branco é um dos mais emblemáticos clubes da cidade capital de distrito, atualmente está apenas ligado ao futebol de formação, onde é uma referência a nível regional, mas conta com um passado no futebol sénior, onde foi campeão distrital por várias vezes e competiu na III.ª Divisão Nacional.
A criação do Desportivo de Castelo Branco está de certa maneira ligada ao Sport Benfica e Castelo Branco, na medida em que, na época de 1967/68, haviam apenas três equipas inscritas no campeonato distrital de Castelo Branco (que nas últimas três temporadas não se tinha realizado por falta de participantes), sendo que uma dessas equipas era o Benfica e Castelo Branco, que tinha o objetivo de ser campeão distrital para assim poder competir na III.ª Divisão Nacional, no entanto os estatutos da Federação Portuguesa de Futebol só permitiam a subida à III. ª Divisão, a clubes que conquistassem o respectivo campeonato distrital, desde que nesse mesmo campeonato houvessem no mínimo quatro equipas inscritas, e como nessa época apenas haviam três clubes interessados em competir no distrital, um grupo de sócios do Benfica e Castelo Branco decidiu a poucos meses antes do início da prova, criar um novo clube para assim poder ter o número de equipas necessárias para que o campeonato distrital se realizasse, nasce assim a 10 de Outubro de 1967 o "Desportivo de Castelo Branco", que tem como emblema o brasão da cidade, adoptando também as suas cores (preto e branco) que no seu equipamento estão dispostas em riscas verticais.
O Benfica e Castelo Branco acabou por ver assim cumprindo o seu propósito, e terminou a temporada no primeiro lugar do campeonato distrital, a apenas dois pontos do segundo classificado que era precisamente o Desportivo de Castelo Branco, no entanto a situação inverteu-se para os "encarnados", pelo que a má inscrição de um jogador seu (no caso o guarda-redes que não tinha a 4.ª classe obrigatória), e que levou à desclassificação do Benfica e Castelo Branco, tendo o Desportivo se sagrado campeão distrital na sua época de estreia, um caso muito caricato de uma equipa que entrou no campeonato quase que apenas para "fazer número" e acabou por ganhar a competição e subir à III.ª Divisão Nacional, objectivo pelo qual lutavam os sócios do clube que lhe deu origem. O Desportivo competiu assim na III.ª Divisão na época de 1968/69, mas haveria de ser novamente relegado para o campeonato distrital logo nesse ano após ficar em último lugar da sua série. De regresso ao campeonato distrital o Desportivo acaba por vencer de novo a competição, sagrando-se campeão da época de 1969/70 e assim regressa ao patamar nacional na época seguinte, a jogar a III.ª Divisão a equipa não consegue a manutenção e termina de novo na última posição e desce para o distrital.
A história voltou-se a repetir para a equipa do Desportivo, de regresso ao campeonato distrital o clube acaba por vencer de novo a competição em 1971/72 e consequentemente sobe para a III.ª Divisão Nacional, mas desta vez a estadia dos albicastrenses na prova foi mais longa, o clube conseguiu alcançar a manutenção e permanecer mais uma época em competição, porém na temporada de 1973/74 a equipa acaba por ser de novo despromovida. O Desportivo continuou com bons resultados a nível distrital nas épocas seguintes, tendo sido vice-campeão em 1974/75 e 1975/76, e depois conquista o seu quarto campeonato distrital ao vencer a prova em 1976/77, seguiu-se depois aquela que pode ser considerada como a melhor fase no futebol sénior do clube, que durante três temporadas consecutivas competiu na III.ª Divisão Nacional, até que na época de 1979/80 termina em último lugar da tabela e desce para o distrital. Ainda na década de '70 o Desportivo tinha começado a destacar-se no futebol jovem, conquistando vários títulos em juvenis e juniores, então já a afirma-se como clube de referência no futebol de formação a nível regional.
Os anos que se seguiram foram de estabilidade no campeonato distrital para a equipa sénior, porém o Desportivo acabaria por ser depois despromovido para a 2.ª Divisão Distrital após terminar o campeonato de 1983/84 no último lugar, a jogar no patamar distrital inferior, o Desportivo acabou por conseguir o segundo lugar e regressar de novo à divisão principal. Após lutar pelo titulo nos anos seguintes, onde se destaca um vice-campeonato na temporada de 1985/86, a equipa foi conseguindo cada vez piores resultados, terminando mesmo na última posição da tabela no campeonato de 1990/91, nessa que foi a última temporada da equipa sénior, tendo o clube se dedicado depois apenas aos escalões de formação e a outras modalidades desportivas, como foi o caso do então futebol de cinco (hoje futsal), em que o Desportivo de Castelo Branco chegou a participar com uma equipa sénior na primeira edição do campeonato distrital em 1992/93, nesse ano há ainda que destacar um jogo amigável realizado por altura do aniversario do clube, contra a equipa do Sporting, que já então era a maior referência nacional na modalidade.
Em 1999 o Desportivo de Castelo Branco assinou um protocolo com o Boavista Futebol Clube, e passou assim a ser a sua filial N.º 3, o clube chegou até a trocar o seu equipamento, passando das características riscas verticais pretas e brancas para o padrão axadrezado, numa altura em que o clube portuense atravessava uma fase de crescimento a nível nacional, porém e apesar de atualmente o Desportivo ainda ser considerado uma filial oficial do Boavista, as relações entre os dois clubes são inexistentes. Após passar a década de '90 dedicado ao futebol de formação, com a conquista de alguns títulos, o Desportivo regressa ao futebol sénior com participação no campeonato distrital da 2.ª Divisão em 1998/99, onde se viria a sagrar campeão na temporada de 2000/01 e regressa assim à principal divisão distrital. Em 2002/03 a equipa termina o campeonato nos últimos lugares e volta a descer para a 2.ª Divisão Distrital, mas a subida dá-se na época seguinte, onde apesar de terminar no 4.º lugar, a equipa acaba por ocupar uma vaga sobrante na 1.ª Divisão de outra equipa que tinha desistido. Na temporada 2004/05 ocorreu uma crise na equipa, ainda a meio da época, que levou a uma debandada de jogadores, o que fez com que tivessem de ser os juniores a colmatar as saídas até ao final do campeonato, com o Desportivo a terminar em último lugar, essa foi a última época competitiva da equipa sénior, e o clube voltou a dedicar-se somente ao futebol de formação, onde desde então tem obtido muito bons resultados, sendo não só uma referência na cidade como também a nível distrital.
Ao longo da sua história não foi apenas o futebol a fazer parte da vertente desportiva deste clube, também teve outras modalidades como o futsal, andebol, voleibol, basquetebol, atletismo, ciclismo, xadrez entre outras, o que dá conta do ecletismo do Desportivo, que atualmente tem como objectivo principal a formação de jovens não só desportivamente mas também socialmente. Um grande clube da cidade de Castelo Branco que continua a movimentar muita gente e dinamizar a juventude.
Sport Tortosendo e Benfica
Localidade: Tortosendo, Covilhã
Modalidade: Futebol
Casa: Campo do Cabeço
Este é um dos mais antigos clubes de futebol do distrito de Castelo Branco, originário da vila do Tortosendo, que nos inícios do séculos passado, era juntamente com a vizinha Covilhã, uma progressiva terra da indústria dos lanifícios, com a presença de inúmeras fábricas cujos operários se organizavam para realizar os primeiros jogos de futebol. No entanto foi por iniciativa da população que nasceu em 1922 o "Sport Club do Tortozendo", logo a juventude da terra começou a disputar os primeiros jogos de futebol com terras vizinhas.
O futebol começava a ganhar dimensão nacional e o Benfica já era a maior referência na modalidade, e por afinidade ao clube de Lisboa, em 1925 a designação do clube foi alterada para "Sport Lisboa e Tortosendo", passando a ser a filial oficial N.º 4 do Sport Lisboa e Benfica, hoje uma das mais antigas do pais. Ainda nesse ano o clube viu inaugurado o seu campo, na altura conhecido como "campo do Alto do Cabeço", situado no Bairro do Cabeço, e construído num terreno cedido pela Junta de Freguesia, e que teve como jogo inaugural a equipa da casa contra o Montes Hermínios. O SL Tortosendo continuou depois nos anos seguintes muito ativo no futebol amador, sendo uma das referências na região, com participação em vários jogos e torneios, o clube foi também um dos fundadores da Associação de Futebol de Castelo Branco em 1936 e participou no primeiro campeonato distrital de futebol, realizado na época de 1936/37, com a equipa a realizar os seus jogos caseiros na Covilhã.
Após terminar a primeira época em segundo lugar da sua série, a equipa voltou a repetir a classificação na temporada seguinte. Na época de 1938/39 o Tortosendo acaba por chegar a competir na II.ª Divisão Nacional, simultaneamente nessa época joga também no campeonato distrital onde acaba em último lugar da tabela, e após o qual abandona o futebol federado. O clube continuou ainda com o futebol mas apenas de forma amadora, dedicando-se a outras atividades, até ficar completamente inactivo no inicio dos anos '50. O futebol na vila teve depois continuidade através de outro clube, o Unidos do Tortosendo.
O clube renasceu apenas na década de '70 com uma nova designação, "Sport Tortosendo e Benfica", e começa por participar nos campeonatos distritais nas camadas jovens, por essa altura rivaliza com o Unidos do Tortosendo, com o qual teve um diferendo em relação à utilização do campo do Cabeço, o que fez com que o Unidos tivesse de abandonar o campo e arranjar um novo campo para a sua equipa jogar. Na época de 1977/78 o futebol sénior regressa ao Tortosendo e Benfica, que voltou a competir no campeonato distrital, no entanto o estado de degradação do campo do cabeço levou a que a equipa tivesse de disputar os seus jogos no campo de Unhais da Serra até as obras de remodelação do campo estarem prontas, apesar da contrapartida, a equipa terminou o campeonato a meio da tabela, e foi conseguindo cada vez melhores resultados. Chegou ainda a ser vice-campeã na época de 1979/80, terminado a apenas dois pontos primeiro classificado, e na época seguinte volta a repetir o segundo lugar.
Os bons resultados e a luta pelo titulo distrital continuaram, após o 3.º lugar obtido em 1981/82, o Tortosendo e Benfica acabaria por se sagrar finalmente campeão distrital da 1.ª Divisão em 1982/83, conseguindo assim a subida às competições nacionais. A jogar na III.ª Divisão Nacional o Tortosendo acabou por ficar em último lugar e ser despromovido de volta para o campeonato distrital. A equipa ainda acabou por se sagrar vice-campeã distrital em 1984/85, e nas épocas seguintes ficou sempre entre os cinco primeiros lugares, a sua última época no futebol federado foi em 1987/88 na qual terminou no 9.º lugar, o clube ainda se inscreveu no campeonato na época seguinte mas acabou por desistir ainda antes do inicio da época, facto que levou a AFCB a suspender o clube por um ano das provas federadas, e desde então nunca mais o Tortosendo voltou a ter qualquer presença no futebol distrital.
O Tortosendo e Benfica dedicou-se nas décadas seguintes a outras atividades desportivas, culturais, recreativas e sociais, atravessando alguns altos e baixos, atualmente o clube mantém a sua sede social em funcionamento e tem esporádicas participações em torneios de futsal na região, e apesar do futebol já não fazer parte do seu presente, pode-se considerar como um dos históricos do futebol distrital, por ser dos clubes mais antigos e uma das primeiras filiais do Benfica com o qual ainda mantém relações, sendo ainda uma das históricas colectividades da vila do Tortosendo e do seu concelho.
Casa Cultural e Recreativa Castelejense
Localidade: Castelejo, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Santa Luzia e Campo de Jogos do Castelejo
Foi nesta aldeia situada na zona sul do concelho do Fundão, perto da Serra da Gardunha, e berço da conhecida romaria de Santa Luzia, que nos inícios da década de '30 o futebol começou a dar os primeiros passos, altura em que a modalidade começava a despertar interesses por toda a região, o Castelejo fazia-se então representar por duas equipas, o "Sport Lisboa Castelejense" e o "Sport Club Castelejense", ambas equipas compostas por gente da terra, e que realizavam naquele tempo muitos jogos contra outras terras vizinhas, sempre com grande assistência nos jogos que se faziam no campo do Castelejo. Estas equipas ter-se-ão mantido em atividade até finais dos anos '40, acabando depois por desaparecer, como não eram clubes legalizados, o que acontecia na maioria das equipas das aldeias, é que os clubes apareciam e desapareciam com facilidade, adoptando depois vários outros nomes.
Na década de '50, a equipa mais representativa do Castelejo foi o "Grupo Desportivo do Castelejo", que manteve a prática do futebol, com a realização de jogos amigáveis, usando para o efeito o campo de futebol situado perto do santuário de Santa Luzia que lhe deu o nome, e que ainda hoje existe. Nas décadas seguintes o futebol terá continuado a ser praticado no Castelejo de forma amadora, com jogos amigáveis frente a outras localidades e também jogos de solteiros contra casados. No final da década de '70 e inícios da década de '80, o Castelejo esteve também muito ativo na modalidade de futebol de salão, com participações em torneios na região. Pela mesma altura é criada na aldeia a "Casa Cultural e Recreativa Castelejense", que ao longo dos anos foi realizando várias atividades de carácter social, recreativo e cultural, paralelamente o desporto continuou a ser praticado nas modalidades de atletismo e futebol amador, com jogos particulares, e a partir da década de '90 aparece também o futsal, apesar do único ringue polidesportivo existente na freguesia se localizar na aldeia anexa de Enxabarda.
Nos inícios do novo milénio a juventude da aldeia teve a iniciativa de entrar no desporto federado, e participou no campeonato distrital de futsal sénior na época de 2005/06, a equipa estava alojada na Casa Cultural e Recreativa Castelejense, por ser a única coletividade existente no Castelejo, sendo que os seus jogos caseiros eram realizados no pavilhão gimnodesportivo da escola de Silvares. A equipa terminou o campeonato em penúltimo lugar, mas independentemente dos resultados mostrou que a juventude da terra era capaz de dar a cara pelo desporto, ainda que tivesse sido apenas por uma temporada.
Nos anos seguintes a Casa Cultural e Recreativa Castelejense dedicou-se apenas a eventos culturais, e a atividade desportiva foi diminuindo, fruto da desertificação, e apesar do campo de Santa Luzia estar ainda em condições mínimas, o futebol há muito que não é praticado. Por volta do ano de 2009 houve pela parte da junta de freguesia, a intenção de avançar com um projecto para a construção de um ringue polidesportivo na aldeia, mas que acabou por não se concretizar, no entanto os locais deitaram mãos à obra e fizeram os possíveis com os meios que tinham, criando assim um campo de futebol de cinco com relvado natural num terreno pertencente à junta, onde a juventude que ainda existe no Castelejo pode dar uns pontapés na bola, não deixando morrer o futebol.
Clube Fernão Lopes
Localidade: Aldeia do Bispo, Penamacor
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de Aldeia do Bispo / Polidesportivo de Aldeia do Bispo
O Clube Fernão Lopes é uma das mais antigas coletividades do concelho de Penamacor, e a grande referência do associativismo em Aldeia do Bispo, onde ao longo das décadas desenvolveu atividades culturais, sociais, recreativas e desportivas.
A criação do Clube Fernão Lopes no ano de 1924 deveu-se a um grupo de estudantes naturais da aldeia, que frequentava os liceus e escolas superiores, e que fundaram o clube com objectivos de instrução e recreio para os seus tempos livres, logo trataram de arranjar uma sede social e ali se reuniam para ler jornais e realizar jogos de mesa como damas e dominó. O nome de Fernão Lopes (historiador português do séc. XV), foi escolhido como patrono do clube, por se defender naquela altura a ideia de que o mesmo teria nascido nesta região.
Em virtude da atividade desportiva, nomeadamente o futebol, só vir a ganhar mais destaque algumas décadas depois, o clube dedica-se nos seus primeiros anos à cultura, com um grupo cénico que realizava peças de teatro para a população. Passou depois por alguns anos de menos atividade até ressurgir nos anos '40, onde passou a ter um maior destaque na localidade, com a organização de bailes populares e outras atividades, mais tarde começa também a aparecer o futebol, com jogos frente a equipas de outras aldeias das redondezas, até que em Fevereiro de 1972 o clube acaba por encerrar as suas portas devido a um vazio directivo, a guerra colonial e a emigração contribuíram para a redução drástica do número de habitantes na aldeia, principalmente dos mais jovens.
O clube acabou por renascer novamente em 1978, e com ele regressa também o futebol, para além de jogos amigáveis o clube organizava também os seus próprios torneios, exemplo disso foi o "I.º Campeonato de Futebol de 8" realizado em 1984, e que contou com várias equipas de freguesias do concelho de Penamacor, destaque ainda para a participação da equipa de Aldeia do Bispo no torneio inter-aldeias de 1991. A modalidade principal do clube terá sido o futebol, apesar de o mesmo continuar a organizar outro tipo de atividades recreativas.
O clube entrou depois num novo período de inactividade, e também o futebol deixou de ser praticado com a mesma regularidade, levando a que o campo de futebol ficasse ao abandono, a construção de um polidesportivo na aldeia veio também trazer o futebol de cinco, tendo depois Aldeia do Bispo participado em alguns torneios. O Clube Fernão Lopes voltou ao ativo em 2018, com realização de várias atividades sociais, e outras como BTT e passeios de motorizadas, no entanto a parte desportiva está atualmente a cargo da "Associação Jovens Xendros em Movimento", com participação e organização de torneios de futsal.
Outros emblemas referenciados:
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Emblema da Associação Jovens Xendros em Movimento |
Associação Cultural e Recreativa de Peraboa
Fundação: 1978
Localidade: Peraboa, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de Peraboa / Polidesportivo de Peraboa
Nesta freguesia serrana do concelho da Covilhã o desporto aparece com o futebol nas décadas de '50 e '60 que era praticado com os jovens da aldeia a realizar jogos frente a equipas de terras vizinhas, porém sem nenhuma ligação a qualquer coletividade, a Associação Cultural e Recreativa de Peraboa foi então fundada em
10 de Julho de 1978, e aparece com o objetivo de realizar actividades culturais, recreativas e desportivas, tendo ao longo da sua história se dedicado a modalidades como, atletismo, BTT, xadrez, ténis, desporto
motorizado todo-o-terreno e jogos tradicionais, o futebol como modalidade mais popular teve também lugar com equipas masculinas, femininas e de jovens, e mais tarde através das variantes de futebol de cinco e futsal, com organização e participação em vários torneios um pouco pela região.
Mais tarde com a diminuição da população jovem presente na aldeia o futebol deixou de ter lugar, tendo o campo sido reconvertido numa zona de lazer que incluía inicialmente a construção de um novo polidesportivo, mas que ainda não foi concretizado, tendo desde então a aldeia continuado a usar o polidesportivo sitiado junto da escola básica para a realização de jogos amigáveis, assim como a participação em torneios noutras freguesias, que juntamente com as outras actividadades culturais e populares que a associação vai realizando regularmente, mantém Peraboa numa localidade viva.
Grupo Desportivo e Recreativo de Casal da Serra
Fundação: 1986
Localidade: Casal da Serra (São Vicente da Beira), Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Casal da Serra
Casal da Serra é uma aldeia anexa da freguesia de S. Vicente da Beira, localizada em plena Serra Gardunha e muito perto do local onde nasce o Rio Ocreza, apesar de sofrer de um certo isolamento derivado ao local onde se encontra, sempre foi uma das aldeias mais habitadas da sua freguesia, desde cedo a população começou a organizar iniciativas culturais, prova disso é a existência de um rancho folclórico nos anos '50. Na década de '60 surge o futebol como desporto muito popular que era na altura, e os jovens da localidade reuniram-se para começar a jogar contra outras equipas de terras vizinhas, como S. Vicente da Beira ou Louriçal do Campo. Logo se tratou de arranjar um campo de futebol, situado nos arredores da povoação.
Os jogos amigáveis assim continuaram a acontecer nas décadas seguintes, e é apenas em 1986 que se decide criar a primeira coletividade desportiva na aldeia, nasce assim o "Grupo Desportivo e Recreativo de Casal da Serra", que teve bastante atividade até meados dos anos '90, dos torneios de futebol em que a equipa participou destacam-se duas presenças no inter-aldeias, nos anos de 1991 e 1992. Com o passar dos anos a desertificação como em outras terras, fez-se sentir muito na falta de juventude, o campo de futebol ainda foi utilizado algumas vezes para os jogos anuais de solteiros contra casados, mas depois ficou completamente inutilizado até aos dias de hoje, tendo o próprio clube caído no esquecimento. Ao nível desportivo houve no inicio dos anos 2000 atletismo federado com alguns jovens da terra, promovido pela "Associação de Caça e Pesca Casaleirense", que atualmente é a única coletividade ativa no Casal da Serra, onde para além da atividade de caça desportiva, organiza também atividades recreativas e culturais.