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09/08/2018

Centro Cultural e Desportivo Estrela do Zêzere da Boidobra

Fundação: 1968
Localidade: Boidobra, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo 8 de Dezembro / Polidesportivo da Boidobra

O Estrela do Zêzere é uma coletividade desportiva sediada na vila de Boidobra, não muito longe da cidade da Covilhã. Com o nome inspirado na paisagem natural que o rodeia, perto da Serra da Estrela e do Rio Zêzere. é uma das mais importantes instituições da freguesia, desenvolvendo inúmeras atividades não só desportivas, mas também culturais e sociais.

Já a meio do ano de 1967, o único desporto praticado pelos jovens na terra era o futebol, e que por falta de meios era jogado de forma amadora num pequeno espaço do recinto das escolas primárias. Os jovens nada mais tinham onde passar o tempo, e viam-se proibidos de jogar futebol no espaço do costume por não terem permissão das autoridades locais. Foi assim que um grupo de jovens foi junto do regedor pedir ajuda para a construção de um campo de futebol, cujo local por eles fora indicado. Arrendado o terreno, de imediato se iniciou a construção do campo, com as obras pagas pelo regedor Sr. Francisco Leal a quem o clube deve muito. O primeiro passo estava dado, e no dia 8 de Dezembro (data que deu o nome ao campo), foi inaugurado o campo com um jogo entre os solteiros e casados da Boidobra. Já havia campo, mas era necessário constituir uma associação, formar um grupo desportivo, arranjar equipamentos e uma sede, para assim se poder avançar com o futebol, oi assim feita uma angariação de fundos com a qual se viria a comprar os primeiros equipamentos.

Em relação à associação, fizeram-se estatutos e foram submetidos à apreciação da FNAT (antiga denominação do Inatel), entidade à qual foi deliberado filiar-se, tendo aprovado os estatutos no dia 8 de Janeiro de 1968, aquele grupo é assim baptizado com o nome de "Centro de Recreio Popular Estrela do Zêzere de Boidobra", inscrito na FNAT com o n.º 179. Dado que a lei de então não permitia que menores de 21 anos fossem directores de qualquer colectividade ou organismo, e nenhum dos jovens fundadores tinha essa idade, foi necessário pedir a pessoas de maioridade que assinassem os estatutos para assim poderem ser aprovados, ficando desse modo formado o primeiro elenco directivo do Estrela do Zêzere. O clube começou a competir no atletismo e também no futebol, tendo participando no campeonato da FNAT, onde esteve durante alguns anos e com muito boas prestações, foi vice-campeão em 1979/80, e venceu a competição pela primeira vez em 1984, mais tarde sagrou-se treta-campeão, com os títulos conquistados em 1988, 89, 90 e 91, com várias presenças no campeonato nacional do Inatel.

O sucesso da sua equipa de futebol e o fim do campeonato do Inatel por falta de equipas, levam o Estrela do Zêzere a mudar a sua designação para a atual, e a inscrever-se na Associação de Futebol de Castelo Branco com o intuito de participar nas competições federadas, o que acontece na época de 1991/92, quando se estreia no Campeonato Distrital de Futebol da 2.ª Divisão. A equipa consegue bons resultados nos primeiros anos, e em 1994/95 alcança a subida à 1.ª Divisão Distrital ao ficar em 2.º lugar, em igualdade pontual com a equipa do Orvalho. A formação da Boidobra chega assim ao patamar principal, onde competiu até à temporada 1997/98, época onde terminou o campeonato em último lugar, e após a qual desistiu do futebol federado, por motivos financeiros e diretivos o clube teve uma pequena paragem no futebol, tendo regressado apenas em 2001/02, numa curta participação que durou apenas duas temporadas, pois os valores da manutenção da equipa eram demasiado elevados para os encargos da associação.

O Estrela do Zêzere continuou a crescer e a dinamizar o desporto na Boidobra, tendo no dia 30 de Setembro do ano 2000, finalmente inaugurado a sua sede social, um sonho à muito desejado por todos os associados, e que deste modo veio criar mais condições para continuar o seu trabalho. A coletividade avançou depois com um projecto inovador no futsal feminino, que trouxe êxitos enormes, o projecto que durou cerca de dez anos, teve como resultados a conquista de oito campeonatos distritais consecutivos e dois vice-campeonatos na Taça Nacional de Futsal, uma equipa forte constituída por jogadoras da região e pela qual passaram grandes nomes do futsal como os treinadores Bruno Travassos e Joel Rocha. As equipas disputavam os seus jogos caseiros no pavilhão desportivo do Dominguiso, tendo chegado a ser equacionada a construção de um pavilhão na Boidobra, mas que nunca se concretizou, com a vila a dispor apenas de um ringue polidesportivo.

Após o final da equipa de futsal o clube apostou nas camadas jovens de futsal de feminino, no ciclismo, numa equipa de matraquilhos, e realizou várias atividades recreativas, não esquecendo ainda o futebol sénior, com a equipa a participar em torneios da região. Na época de 2018/19 a Boidobra voltou a ter a uma equipa de futebol sénior no campeonato distrital quinze anos depois da sua última participação, a época não correu tão bem como o esperado, tendo a equipa terminado o campeonato em último lugar sem qualquer ponto conquistado, e vendo-se obrigada a disputar os seus jogos caseiros no complexo desportivo da Covilhã, até que as obras no campo 8 de Dezembro ficassem concluídas, o que aconteceu na época seguinte, com a equipa da Boidobra a poder voltar a jogar no seu campo, e contar assim com um maior apoio das gentes da vila, neste clube que essencialmente joga por desportivismo e pela terra. A nova incursão pelo futebol distrital durou até temporada de 2022/23, com o clube a optar por suspender a modalidade por motivos relativos a ter dificuldades em constituir um plantel, e por estar a aguardar a instalação de um relvado sintético no seu campo

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