Localidade: Barroca Grande (Aldeia de S. Francisco de Assis), Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Jogos da Barroca Grande / Pavilhão António Urgeiro
Situado na aldeia do "couto mineiro", onde fica um dos pólos mais importantes das Minas da Panasqueira, este clube foi nos seus tempos áureos, o local de diversão da
população e dos milhares de mineiros que residiam na Barroca Grande, e semelhante ao clube vizinho da aldeia de Panasqueira, também o verde e branco eram as suas cores. Foi fundado na década de 50 como "Grupo Desportivo dos Trabalhadores das Minas da Panasqueira", e surgiu também ele muito associado ao hóquei em patins que na altura era um desporto muito popular em Portugal, a equipa chegou a vencer vários títulos e a participar na II.ª Divisão Nacional, tendo dali saído jogadores que representaram outras equipas a nível nacional, e cujo pavilhão desportivo tem o nome de um desses jogadores lá formados, sendo o hóquei uma modalidade que deu muita fama ao clube.
Mas no que ao futebol diz respeito não menos gloriosa foi a existência da sua equipa, logo que criado, o clube estreia-se no campeonato distrital de Castelo Branco na época de 1955/56, onde depois compete durante vários anos, tendo em 1957/58 participado também como representante da AFCB na III.ª Divisão Nacional, a equipa continuou a competir no campeonato distrital no inicio dos anos 60, anos esses em que o número de equipas inscritas era muito reduzido, levando o clube a jogar novamente a III.ª Divisão nas épocas de 1960/61 e 1961/62, nesta última o campeonato distrital não se realizou por falta de equipas, e o facto de o Minas da Panasqueira ser o único inscrito na competição, fez com que o mesmo fosse considerado campeão desse ano. Após isso o campeonato distrital teve uma paragem, não se realizando por falta de equipas, excepção para época de 1963/64, em que o Minas da Panasqueira apenas discutiu o campeonato com o Benfica e Castelo Branco, tendo os albicastrenses saído vencedores. Na falta de provas distritais, o clube passa a jogar no campeonato da Fnat (antiga designação do Inatel), onde abundavam na sua maioria equipas de trabalhadores de empresas da região.
De regresso à competição no campeonato distrital em 1968/69, o clube acabou depois por se sagrar campeão na temporada de 1970/71, regressando à III.ª Divisão Nacional, apesar de descer logo na época seguinte. A equipa dos "mineiros" mantém-se nos anos seguintes em competição no campeonato distrital com bons resultados, tendo sido vice-campeã nas épocas de 1973/74 e 1977/78, porém começou depois a ficar-se pelos últimos lugares da tabela até à sua última presença no futebol sénior na época de 1983/84, dedicando-se depois ao futebol jovem, numa altura de crise nas minas e no próprio clube, que era também ele do povo.
A coletividade continuou nos anos seguintes com altos e baixos, realizando outras atividades, e na época 2004/05 o clube participa no campeonato distrital de futsal onde competiu até à temporada de 2008/09, recebendo obras no seu pavilhão. Atualmente continua a ser o clube mais importante da sua freguesia e a principal coletividade da Barroca Grande, dispondo de uma sede social, onde os mineiros fazem ainda parte do seu presente.
Localidade: Panasqueira (S. Jorge da Beira), Covilhã
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Jogos da Panasqueira
Localizado na terra que deu nome ás tão conhecidas minas, o Clube dos Amigos da Panasqueira é desde 2000, a nova designação do histórico Clube Recreativo das Minas da Panasqueira, o clube dos mineiros que chegou a ser umas das mais populares colectividades da sua zona.
Fundado em 1938, e com sede na aldeia de Panasqueira, local onde se situa uma das principais minas de volfrâmio da Europa, foi criado para empregados e operários das minas, devendo-se ao esforço de muitos, especialmente do Engº Joaquim de Sousa Birne, que fizeram nascer assim o "Clube Desportivo e Recreativo das Minas da Panasqueira". Logo que instalada começou a funcionar com uma sala de jogos diversos, como bilhar,
ping-pong, damas, dominó, etc, sendo frequentada maioritariamente por empregados e operários das minas, que perfaziam grande parte dos cerca de 3 mil habitantes que havia na freguesia, desenvolvimento gerado em torno das minas. O clube viria anos mais tarde alterar o seu nome para "Clube Recreativo das Minas da Panasqueira" removendo o "Desportivo" da sua designação, para não ser confundido com o clube da Barroca Grande (onde ficava a outra mina).
Nos anos 40 e em pleno auge da sua laboração (em consequência da II.ª Guerra Mundial), é construído um cinema e um ringue de patinagem na Panasqueira, assim como um campo de futebol e uma piscina. O clube organizou sempre grandes jogos de futebol com diversas equipas, desde encontros com aldeias vizinhas, até partidas entre empregados portugueses e empregados ingleses, do pais da empresa que geria as minas, a "Beralt Tin and Wolfram". A principal actividade desportiva do clube da Panasqueira acabou por se tornar o hóquei em patins, onde a equipa chegou aos campeonatos nacionais, e teve ainda actividade por muitos anos.
Nos anos 40 e em pleno auge da sua laboração (em consequência da II.ª Guerra Mundial), é construído um cinema e um ringue de patinagem na Panasqueira, assim como um campo de futebol e uma piscina. O clube organizou sempre grandes jogos de futebol com diversas equipas, desde encontros com aldeias vizinhas, até partidas entre empregados portugueses e empregados ingleses, do pais da empresa que geria as minas, a "Beralt Tin and Wolfram". A principal actividade desportiva do clube da Panasqueira acabou por se tornar o hóquei em patins, onde a equipa chegou aos campeonatos nacionais, e teve ainda actividade por muitos anos.
Nas décadas seguintes a mina atravessou várias crises, sofrendo um decréscimo muito significado de operários em relação a outros tempos, isto levou a que a Panasqueira e as restantes aldeias em redor perdessem população e consequentemente serviços, terras que deveram muito do seu desenvolvimento à existência das minas. O clube entrou em inactividade com a mudança da empresa que explorava as minas e após um fatídico incêndio ocorrido no ano de 2000, que se alastrou na sua sede e destruiu muito do seu património, o clube reergueu-se com a ajuda do povo e da Câmara Municipal da Covilhã, e agora sob uma nova designação mais ligada à própria aldeia e não tanto aos mineiros, tornou-se num espaço moderno com óptimas instalações ao serviço da comunidade, sendo um ponto de encontro com várias actividades recreativas, tendo ainda um polidesportivo para encontros esporádicos de futsal.
Nas modalidades, terá de ser refrido o imporatnte papel do clube no hóquei em patins, sobretudo ao nível regional. Creio que praticaram essa modalidade até ao início da década de 1990.
ResponderEliminarA qual dos clubes se refere, ao da Barroca Grande ou ao da Panasqueira?
EliminarEu joguei futebol no clube G.D.Minas da Panasqueira (e ainda foi capitão)entre 1977 e 1981 e não continuei porque emigrei para a Suiça onde ainda hoje estou a residir..
ResponderEliminar