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Instituto Politécnico de Castelo Branco

Fundação: 2015
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo da Zona de Lazer / Pavilhão Desportivo da Escola Superior de Educação

O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma instituição de ensino superior iniciada em 1980, que engloba várias escolas superiores na cidade de Castelo Branco, e que no ano de 2015 decidiu avançar com a criação de uma equipa de futebol federada, por proposta do então coordenador do curso de licenciatura em Desporto e Atividade Física da Escola Superior de Educação, professor Rui Paulo, também ele atleta nos campeonatos distritais.

A proposta era inovadora, e incluía uma equipa constituída exclusivamente por alunos das seis escolas superiores do IPCB, dando assim oportunidade a estudantes não só da região como também de outras partes do país, para prosseguir carreira no futebol ao vir estudar para Castelo Branco, num plantel que contava também com o próprio coordenador Rui Paulo, e que era orientado pelo treinador João Paulo Matos.

A equipa do IPCB ficou também conhecida como os "estudantes" ou até "dragões da beira" (devido ao dragão que se encontra no emblema da instituição), apesar das dificuldades iniciais em obter apoios da autarquia local, conseguiu encontrar patrocinadores que ajudaram a que este projecto fosse para a frente, começando a competir no Campeonato Distrital na época de 2015/16, ano de estreia e também de adaptação em que a equipa obteve o 9.º lugar. No segundo ano a equipa começou a dar frutos com jogadores a receberem propostas para representar outros clubes da região, por mérito dos atletas do IPCB que conseguiram criar uma equipa competitiva, que se estabilizou no campeonato distrital, e que terminou em 8.º lugar na temporada de 2016/17, a sua melhor classificação de sempre.

Na última época em que a equipa participou no distrital, a formação albicastrense conseguiu de novo a 9.ª posição, num ano estável a nível de resultados, no entanto o projecto chegou ao fim depois de três anos, com a direcção do Instituto Politécnico a entender que apesar do sucesso da equipa, esta já não ia de encontro com os objectivos desportivos da instituição, que pretendia apostar mais no desporto universitário, onde de resto tinha já várias equipas de outras modalidades filiadas na FADU (Federação Académica do Desporto Universitário), sendo esse o caminho a seguir.

Terminou assim um projecto até então pioneiro na região, com uma equipa de futebol que tinha como objectivo único contribuir para a formação integral dos seus estudantes enquanto cidadãos, pela disciplina, fair-play e o facto de representarem uma instituição com a importância do IPCB, que fica assim na história recente do futebol distrital, tendo deixado no campeonato distrital muito dos jogadores que foram "formados" nesta equipa.

Na temporada de 2018/19 o IPCB estreou-se no Campeonato de Futebol de 11 da Federação Académica do Desporto Universitário, nesta nova fase, a equipa treinada pelo antigo jogador Rui Paulo, é constituída por estudantes do Instituto Politécnico que jogam em clubes da região. Para além do futebol, existem também equipas de futsal masculino e feminino que jogam nos campeonatos universitários.

Centro Cultural e Desportivo Estrela do Zêzere da Boidobra

Fundação: 1968
Localidade: Boidobra, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo 8 de Dezembro / Polidesportivo da Boidobra

O Estrela do Zêzere é uma coletividade desportiva sediada na vila de Boidobra, não muito longe da cidade da Covilhã. Com o nome inspirado na paisagem natural que o rodeia, perto da Serra da Estrela e do Rio Zêzere. é uma das mais importantes instituições da freguesia, desenvolvendo inúmeras atividades não só desportivas, mas também culturais e sociais.

Já a meio do ano de 1967, o único desporto praticado pelos jovens na terra era o futebol, e que por falta de meios era jogado de forma amadora num pequeno espaço do recinto das escolas primárias. Os jovens nada mais tinham onde passar o tempo, e viam-se proibidos de jogar futebol no espaço do costume por não terem permissão das autoridades locais. Foi assim que um grupo de jovens foi junto do regedor pedir ajuda para a construção de um campo de futebol, cujo local por eles fora indicado. Arrendado o terreno, de imediato se iniciou a construção do campo, com as obras pagas pelo regedor Sr. Francisco Leal a quem o clube deve muito. O primeiro passo estava dado, e no dia 8 de Dezembro (data que deu o nome ao campo), foi inaugurado o campo com um jogo entre os solteiros e casados da Boidobra. Já havia campo, mas era necessário constituir uma associação, formar um grupo desportivo, arranjar equipamentos e uma sede, para assim se poder avançar com o futebol, oi assim feita uma angariação de fundos com a qual se viria a comprar os primeiros equipamentos.

Em relação à associação, fizeram-se estatutos e foram submetidos à apreciação da FNAT (antiga denominação do Inatel), entidade à qual foi deliberado filiar-se, tendo aprovado os estatutos no dia 8 de Janeiro de 1968, aquele grupo é assim baptizado com o nome de "Centro de Recreio Popular Estrela do Zêzere de Boidobra", inscrito na FNAT com o n.º 179. Dado que a lei de então não permitia que menores de 21 anos fossem directores de qualquer colectividade ou organismo, e nenhum dos jovens fundadores tinha essa idade, foi necessário pedir a pessoas de maioridade que assinassem os estatutos para assim poderem ser aprovados, ficando desse modo formado o primeiro elenco directivo do Estrela do Zêzere. O clube começou a competir no atletismo e também no futebol, tendo participando no campeonato da FNAT, onde esteve durante alguns anos e com muito boas prestações, foi vice-campeão em 1979/80, e venceu a competição pela primeira vez em 1984, mais tarde sagrou-se treta-campeão, com os títulos conquistados em 1988, 89, 90 e 91, com várias presenças no campeonato nacional do Inatel.

O sucesso da sua equipa de futebol e o fim do campeonato do Inatel por falta de equipas, levam o Estrela do Zêzere a mudar a sua designação para a atual, e a inscrever-se na Associação de Futebol de Castelo Branco com o intuito de participar nas competições federadas, o que acontece na época de 1991/92, quando se estreia no Campeonato Distrital de Futebol da 2.ª Divisão. A equipa consegue bons resultados nos primeiros anos, e em 1994/95 alcança a subida à 1.ª Divisão Distrital ao ficar em 2.º lugar, em igualdade pontual com a equipa do Orvalho. A formação da Boidobra chega assim ao patamar principal, onde competiu até à temporada 1997/98, época onde terminou o campeonato em último lugar, e após a qual desistiu do futebol federado, por motivos financeiros e diretivos o clube teve uma pequena paragem no futebol, tendo regressado apenas em 2001/02, numa curta participação que durou apenas duas temporadas, pois os valores da manutenção da equipa eram demasiado elevados para os encargos da associação.

O Estrela do Zêzere continuou a crescer e a dinamizar o desporto na Boidobra, tendo no dia 30 de Setembro do ano 2000, finalmente inaugurado a sua sede social, um sonho à muito desejado por todos os associados, e que deste modo veio criar mais condições para continuar o seu trabalho. A coletividade avançou depois com um projecto inovador no futsal feminino, que trouxe êxitos enormes, o projecto que durou cerca de dez anos, teve como resultados a conquista de oito campeonatos distritais consecutivos e dois vice-campeonatos na Taça Nacional de Futsal, uma equipa forte constituída por jogadoras da região e pela qual passaram grandes nomes do futsal como os treinadores Bruno Travassos e Joel Rocha. As equipas disputavam os seus jogos caseiros no pavilhão desportivo do Dominguiso, tendo chegado a ser equacionada a construção de um pavilhão na Boidobra, mas que nunca se concretizou, com a vila a dispor apenas de um ringue polidesportivo.

Após o final da equipa de futsal o clube apostou nas camadas jovens de futsal de feminino, no ciclismo, numa equipa de matraquilhos, e realizou várias atividades recreativas, não esquecendo ainda o futebol sénior, com a equipa a participar em torneios da região, estando o futuro desportivo desta coletividade muito bem entregue. Na época de 2018/19 a Boidobra voltou a ter a uma equipa de futebol sénior no campeonato distrital quinze anos depois da sua última participação, a época não correu tão bem como o esperado, tendo a equipa terminado o campeonato em último lugar sem qualquer ponto conquistado, e vendo-se obrigada a disputar os seus jogos caseiros no complexo desportivo da Covilhã, até que as obras no campo 8 de Dezembro ficassem concluídas, o que aconteceu na época seguinte, com a equipa da Boidobra a poder voltar a jogar no seu campo, e contar assim com um maior apoio das gentes da vila, neste clube que essencialmente joga por desportivismo e pela terra. 

Clube Recreativo e Beneficente de Salvador | Associação Amigos de Salvador


Fundação: 1979
Localidade: Salvador, Penamacor
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Salvador

É na aldeia de Salvador, a cerca de 12 km da vila de Penamacor, que são originarias estas duas colectividades, de tempos diferentes mas com os mesmo objetivos, a promoção da cultura e do desporto na freguesia de Salvador. Começando pelo inicio do futebol popular na décadas de 50 e 60, a gente de Salvador aderiu à modalidade na altura com muito poucos recursos para a sua prática.

A primeira associação a surgir na terra é o "Clube Recreativo e Beneficente de Salvador", fundado em Junho de 1979, que deu início às suas actividades de âmbito recreativo, cultural, e mais tarde também desportivo, nomeadamente com o atletismo e com o futebol, em ambas modalidades o clube obteve sucesso, com participações em torneios concelhios e regionais, tornando conhecida a equipa de futebol de Salvador, um clube que chegou a ter cerca de 500 associados, um número considerável tendo em conta a dimensão da localidade.

No entanto a vida desta colectividade foi curta, devido ao desinteresse das direcções que se seguiram, e que não fizeram nada pela continuação da actividade no clube, que acabou por cair em inactividade em 1986, desaparecendo assim um dos meios mais importantes que a juventude salvadorense tinha, e do qual se via agora privada.



Fundação: 2009
Localidade: Salvador, Penamacor
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Salvador

Mas o ânimo associativo haveria de ressurgir em Salvador, quando décadas depois, no ano de 2009 é criada a "Associação Amigos de Salvador", pela vontade de um grupo de 25 pessoas, que pretendia dar uma ajuda em algumas actividades que já se realizavam na aldeia, e avançar com outras, assumindo-se assim como entidade organizadora das atividades da terra.

Na parte desportiva o antigo campo de futebol, local onde entretanto já tinha sido construido o polidesportivo da aldeia, recebeu obras de reabilitação para o inicio da prática de futsal, trazendo de volta o desporto. Esta associação tem como sede as instalações do antigo Clube Recreativo e Beneficente de Salvador, e passou a ser o principal dinamizador da localidade, com a realização de todo o tipo de atividades, tendo participado regularmente em torneios de futsal um pouco por toda região, fazendo de Salvador uma terra viva e com movimento social. Nos últimos anos a equipa de Salvador venceu por duas ocasiões o conhecido torneio 24h de futsal em Penamacor, numa equipa apoiada pela Junta de Freguesia. Entretanto a associação entrou em inactividade devido a uma vazio directivo e desde então não mais houve atividade desportiva em Salvador.

Clube Académico do Fundão

Fundação: 1974
Localidade: Fundão
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal do Fundão

O Académico do Fundão é um dos clubes mais emblemáticos da cidade do Fundão, atrás da Associação Desportiva do Fundão, o Académico foi quem mais apostou no futebol de formação durante anos, sendo atualmente o único clube de formação da cidade para além de ter tido também uma equipa sénior no campeonato distrital.

Este clube nasceu muito antes da sua data de fundação oficial, começando por ser um grupo de alunos do Externato de Santo António (estabelecimento de ensino secundário no Fundão) que jogava futebol amador, e que em 1969 decidiu criar uma equipa, vestiam de negro e davam-se pelo nome de "Académica do Fundão" por serem também eles uma equipa de estudantes, apesar de serem mais novos. A equipa realizava não só jogos amigáveis de futebol como também o na altura futebol de salão.

É em 1974 que aparece oficialmente o "Clube Académico do Fundão", da iniciativa dos senhores Francisco José Figueira Tavares e de um grupo de fundanenses, que queria declaradamente "fazer frente" à histórica Desportiva do Fundão, que ultimamente não dava apoio aos jovens nas modalidades sem ser o futebol, sendo o clube alvo de utilização politica e não desportiva, o que levou à criação do Académico, que começou com várias modalidades, querendo marcar a diferença e dar aos jovens mais liberdade desportiva, o clube teve por exemplo equipas de basquetebol, masculino e feminino, atletismo, futebol, hóquei em patins, futebol de salão, xadrez, ping-pong, andebol, tiro, entre outras, sendo um clube virado para todos, principalmente para os mais jovens.

Ao longo dos anos o clube aderiu a outras iniciativas e passou também por muitas dificuldades ao nível da sede social e até directivas, tendo andado sempre com a casa ás costas devido à falta de apoio por parte dos vários executivos camarários, que durante décadas se esqueceram da grande função do clube que foi formar jovens atletas retirando-os de vícios, o que Fundão durante muitos anos foi um flagelo, tendo o clube feito o trabalho do estado a quem cabia essa tarefa. O futebol teve depois um grande destaque, com a estreia de uma equipa sénior no campeonato distrital de Castelo Branco na época de 1986/87, onde competiu depois por mais duas temporadas.

Os anos que se seguem são de afirmação para o Académico do Fundão, que começou a apostar mais no futebol de formação onde se viria a tornar uma referência na cidade, sobretudo após a Desportiva do Fundão ter deixado o futebol de formação para se dedicar apenas ao futsal. A época de 2013/14 marca o regresso dos "academistas" ao futebol sénior e ao campeonato distrital, aproveitando os jovens da formação e outros jogadores com carreira já feita e que tinham passado pelo clube, a equipa obteve resultados positivos, sendo que na temporada de 2015/16 consegue a sua melhor classificação de sempre no distrital, terminado em 4.º lugar. A época de 2018/19 foi última da equipa sénior, voltando o clube a apostar somente na formação. O clube apostou no regresso do futebol sénior na temporada 2021/21, onde conseguiu logo dois títulos, ao vencer a 2.ª Divisão Distrital e a Supertaça, a par disso o clube continuo a ser um dos favoritos na luta pelo campeonato e foi ainda finalista da taça de honra em 2022/23.

Actualmente o clube continua muito ligado ao futebol de formação onde compete em todas as categorias, e tem ao longo dos anos conquistado inúmeros títulos em vários escalões, e participado em campeonatos nacionais, sendo já uma referência a nível distrital, para além disso deu nos últimos anos oportunidade aos jovens da sua formação em seguirem a carreira como seniores, com uma equipa que competiu no campeonato distrital, e que era quase na sua totalidade composta por jogadores formados no clube, sendo Académico uma das poucos equipas onde os jogadores não recebiam qualquer tipo remuneração, jogando apenas por amor à camisola, sendo por isso um clube com uma identidade única e um dos mais representativos da cidade do Fundão.