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Grupo Cultural Recreativo e Desportivo de Alcongosta

Fundação: 1978
Localidade: Alcongosta, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de Alcongosta / Polidesportivo de Alcongosta

O Grupo Cultural Recreativo e Desportivo de Alcongosta é desde 2018, a nova designação do histórico Clube Académico de Alcongosta, a coletividade mais popular da aldeia de Alcongosta, localizada nas planícies da Serra da Gardunha, e conhecida a nível nacional pela qualidade da sua cereja.

O futebol aparece por estas bandas na década de 30, com a realização dos primeiros jogos contra aldeias vizinhas, em 1946 os jovens da terra organizaram-se para criar uma equipa que se auto-intitulava como "Onze Unidos Acongostense", que realizava jogos contra outras equipas da zona. Mas seria apenas nos anos 60, época em que se vivia um auge de popularidade neste desporto, que em Alcongosta se constituiu uma das equipas de futebol que mais ficou na memória, e que dava pelo nome de "Estrelas Vermelhas", influenciados pela cor das camisolas vermelhas de um grande clube à época, o Estrela Vermelha de Belgrado. Esta equipa terá durante a década seguinte representado a aldeia de Alcongosta em jogos e torneios de futebol, sendo depois sucedida em 1978 pelo Clube Académico de Alcongosta, primeira coletividade oficialmente legalizada, e virada para a juventude da terra, que continuava assim a sua actividade desportiva.

Nos anos que seguem à sua fundação, o clube teve uma forte actividade no atletismo, com participação em provas distritais e nacionais, não esquecendo o futebol, que continuava a ser jogado por esta equipa academista que equipava de branco. Nos anos 80 surge o ringue polidesportivo na aldeia, e com ele começam os jogos de futebol de salão, não só com a participação da equipa em torneios pela zona do Fundão, como também na organização de torneios próprios, não só de equipas masculinas como femininas, no que toca ao futebol, existiam ainda jogos amigáveis e algumas participações em torneios, paralelamente com outras atividades de cultura e lazer.

No final da década de 90 o clube atravessa uma crise humana, pela deslocação de muitas pessoas para fora da aldeia ao longo dos anos, o que fez com que a sua actividade abrandasse, no entanto a entrada de uma nova direcção mais jovem salvou a coletividade de um possível fim, mantendo depois o clube no activo durante os anos seguintes, com desportos como jogo da malha, matraquilhos, pingue-pongue, hóquei em patins, e também com organização e participação em torneios de futsal e futebol, continuando a sua sede a ser um centro de convívio para a população.

O clube entrou depois numa fase decadente, e por questões financeiras e crises directivas, cessa definitivamente a sua actividade em 2014. Até que em 2018, no ano em que comemorava 40 anos de existência, o clube é reactivido por um grupo de pessoas da terra, que quis trazer de novo o associativismo que faltava em Alcongosta, por questões legais não lhes foi possível manter o mesmo nome, sendo a designação do Clube Académico de Alcongosta alterada para "Grupo Cultural Recreativo e Desportivo de Alcongosta", mantendo na mesma a identidade desde histórico clube, que continua assim através de atividades culturais e desportivas a manter viva a aldeia.


Outros emblemas referenciados:

Emblema do Clube Académico
de Alcongosta

Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo

Fundação: 1987
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Complexo Desportivo do Valongo / Pavilhão Polidesportivo do Bairro do Valongo

Situada na capital de distrito, mais precisamente no Bairro de Nossa Senhora do Valongo (o maior da cidade), esta coletividade para além de ser a muito activa nas várias actividades que desenvolve, é atualmente uma referência no futebol de formação em Castelo Branco e na região.

Fundada em finais do ano de 1987, a "Associação Recreativa e Cultural do Bairro do Valongo" nasceu a partir de uma união de boas vontades das gentes do bairro, que então estava em franco crescimento. A associação passou rapidamente de um clube de bairro para um dos principais de Castelo Branco, começou por actuar apenas no Bairro do Valongo, que na altura não dispunha de qualquer associação, e foi criando algumas infraestruturas necessárias para concretizar as suas várias atividades, nas áreas do desporto, cultura e lazer, depois de ter construído um polidesportivo e um recinto de festas logo nos primeiros anos de existência, a associação começou a construção daquele que viria ser o seu estádio, com condições dignas de qualquer grande clube, um complexo desportivo com campo relvado, onde também estão englobados pistas de ralicross, motocross, courts de ténis, campo de tiro aos pratos, e pista de treino de cães.

O Bairro do Valongo alargou a sua dimensão ao resto da cidade, tendo-se iniciado no futebol de formação nos anos 90, onde desenvolveu uma grande "academia" desde os mais pequenos até aos júniores, tornando-se ao longo dos anos num clube de excelência do futebol de formação na cidade, onde rivaliza com o Desportivo e o Benfica e Castelo Branco. Para além do desporto rei, a associação foi tendo outras modalidades como atletismo, ténis, cicloturismo, e também continuou com actividades culturais e recreativas. Ainda na década de 90, houve a presença do futsal de formação e também sénior, com uma equipa que chegou a competir no primeiro campeonato distrital do então futebol de cinco (mais tarde futsal), onde se sagrou campeã em 1996/97, tendo chegando a jogar durante vários anos na II.ª Divisão Nacional de Futsal. A equipa competiu nos nacionais até ao início do novo milénio tendo depois terminado a modalidade por questões financeiras. Os jogos caseiros da equipa de futsal realizavam-se primeiramente no polidesportivo do Bairro do Valongo e mais tarde no pavilhão municipal de Castelo Branco. Em 2009 a associação viria a inaugurar o seu próprio pavilhão, onde para além de atividades desportivas pôde vir também a realizar outro tipo de eventos.

Desde então o clube tem-se dedicado exclusivamente ao futebol jovem onde conquistou títulos nos vários escalões e teve presenças em campeonatos nacionais, as cores iniciais do seu equipamento eram cor-de-rosa e amarelo, tendo depois mudado para o cor-de-laranja, hoje já característico. As boas condições das suas infraestruturas e a qualidade dos atletas que vai formando, têm feito desta associação uma das mais conhecidas da cidade, mas que continua ainda a ser fundamental para o seu bairro onde organiza atividades.

Associação Desportiva de Belmonte

Fundação: 1992
Localidade: Belmonte
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Belmonte

A Associação Desportiva de Belmonte é uma coletividade de carácter recreativo, cultural e social, que se destaca nas suas várias áreas de actuação, para além disso organiza a prática de diversas modalidades desportivas, sendo a associação mais ecléctica da vila de Belmonte, conta com um passado no futsal feminino onde foi um dos clubes pioneiros do concelho.

Esta associação nasce no ano de 1992 fruto de um grupo de belmontenses, que via a necessidade se criar um meio para organizar atividades desportivas, sobretudo para os mais jovens, visto que na vila apenas havia a União Desportiva de Belmonte que se dedicava unicamente ao futebol, existindo uma carência no que dizia respeito a outras modalidades. A ADB nasce assim com um forte impulso de toda população, tendo de imediato uma grande adesão por parte da juventude, deu-se inicio à prática desportiva de várias modalidades, como ténis, basquetebol, natação, ciclismo, karaté, atletismo, e outra modalidade que na altura estava ainda em crescimento, o futebol de 5, mais tarde futsal.

No futsal a AD Belmonte começa por participar com uma equipa sénior masculina no primeiro campeonato distrital na época de 1992/93, e mais apenas com participação em vários torneios pela região, com a conquista de alguns troféus. Para além de equipas masculinas que realizavam jogos amigáveis, a ADB teve também futsal feminino, tendo sido uma das equipas que participaram no primeiro campeonato distrital de futsal feminino na época de 1997/98, e do qual se sagrou campeã. A associação destacou-se nesta modalidade tendo participado durante vários anos no campeonato distrital de seniores femininos, onde  competiu até 2001, ano em que o futsal terminou na coletividade, que desde finais dos anos 90, tinha também camadas jovens de futsal masculino nos campeonatos distritais, para além de continuar a participar e organizar torneios. O futsal na vila seria depois continuado por outras coletividades do concelho.

A associação esteve depois envolvida noutros projectos locais, a nível cultural foi responsável pela criação do "Jornal de Belmonte" juntamente com estudantes da Universidade da Beira Interior, e do qual continua hoje responsável, para além disso são inúmeras as atividades recreativas e sociais que desenvolve regularmente, sem esquecer o desporto, onde continua ativa com a organização de várias modalidades, como taekwondo, basquetebol, andebol e ginástica, continuado a ser um ponto de encontro para a gente de Belmonte, vila onde é das coletividades mais influentes, possuindo desde o ano 2000, o estatuto de pessoa coletiva de utilidade pública.

Associação Desportiva Cultural e Recreativa Perovisense

Fundação: 1992
Localidade: Pêro Viseu, Fundão
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de Pêro Viseu / Polidesportivo de Pêro Viseu

Criada em inícios da década de 90 por um grupo de jovens, a ADCR Perovisense nasce da necessidade de existir uma coletividade na aldeia que realizasse atividades regularmente em prol da população, foi assim que esta associação começou ao longo dos anos a realizar várias actividades de carácter desportivo, cultural e recreativo.

No que toca à vertente desportiva, já Pêro Viseu tinha tradição no futebol, nos anos 40 nasce o "Grupo Desportivo de Peroviseu", que nos seus primórdios teve grande dificuldades em encontrar um campo para jogar, em virtude de os proprietários locais se recusarem a arrendar os seus terrenos para a prática desportiva, que não era bem vista, nem ainda muito bem compreendida. Só em 1952 a equipa de futebol da aldeia viu ser inaugurado o seu campo, num jogo inaugural que opôs a equipa de Peroviseu contra a equipa do Ferro, tendo começado a partir dessa data os jogos amigáveis.

Ao longo das décadas o futebol amador continuou a ser praticado na freguesia, tendo sido uma das primeiras atividades desportivas da ADCR Perovisense, ainda na década de 90 deu-se na região um entusiasmo geral pela prática do futebol de 5 ou futebol de salão, na qual Pêro Viseu marcou presença em alguns torneios locais. Ainda nesta modalidade, destaque também para a "Associação Recreativa e Cultural de São Bartolomeu dos Vales" da aldeia de Vales, anexa à freguesia, que na época de 1995/96 marcou presença no campeonato distrital de futsal em juniores com uma equipa feminina, projecto que terá durado poucos anos. Já o futebol, que vinha a ter cada vez menos relevância, e juntando-se o decréscimo da população jovem na freguesia, deixou de ter lugar, sendo o campo aproveitado para outro tipo de atividades.

O ano 2001 foi especial para a ADCR Perovisense, que concretizou um dos seus maiores projectos, a construção de um ringue polidesportivo, esta infraestrutura veio permitir que a associação pudesse dar inicio à prática do futsal. Sendo que em 2002 é criada a secção de futsal, que nesse ano realiza a primeira edição do torneio de futsal de Pêro Viseu, que durante anos seria uma tradição da coletividade. De realçar também a equipa federada de futsal júnior, que na época de 2004/05 jogou no campeonato distrital da categoria.

Durante os anos seguintes, e para além de outras atividades culturais, a associação apostou noutras atividades desportivas, como petanca, jogos tradicionais e passeios todo-o-terreno, não esquecendo o futsal amador que ainda hoje tem lugar na aldeia, com a realização e participação em torneios.

Associação Desportiva e Cultural do Amparo

Fundação: 1990
Localidade: Ramalhos (Carvalhal), Sertã
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Carvalhal

Esta associação localiza-se na freguesia de Carvalhal, no extremo norte do concelho da Sertã, porém o nome Carvalhal refere-se apenas ao aglomerado das aldeias que compõem a freguesia, sendo a sua sede na aldeia de Ramalhos. Esta coletividade de carácter desportivo, cultural e social serve toda comunidade, onde é o maior meio de atividade na freguesia.

A ideia da criação desta associação nasce em finais do ano de 1989, quando um grande número de jovens da freguesia do Carvalhal, sentiram a necessidade de encontrar um meio de desenvolver várias atividades do âmbito desportivo, recreativo e cultural. Na altura já tinham ao seu dispor boas instalações para o efeito, na antiga Casa do Povo, que tinha reduzida utilização, foi então que este grupo de jovens pediu à Junta de Freguesia a ocupação do espaço para aí começar a desenvolver as suas atividades. Posteriormente foi então constituída a associação, que contava já com grande dinamismo, a escolha do nome foi em homenagem a Nossa Sr.ª do Amparo, a padroeira da freguesia.

A partir da sua data de fundação deu-se início a várias atividades na comunidade, de entre as quais se destacou o então futebol de 5, aproveitando o ringue polidesportivo que tinha sido construído na aldeia à alguns anos. A freguesia do Carvalhal começou então a participar em torneios um pouco por todo o concelho, contando com algumas presenças no já tradicional Torneio de Futsal Luís Gouveia na Sertã. A coletividade continua a ter uma importante presença na sua freguesia, com a realização de atividades em várias áreas, tendo na parte desportiva o futsal amador, com participação em torneios locais.

Grupo Desportivo Recreativo e Cultural Estrela de Cortes

Fundação: 1975
Localidade: Cortes do Meio, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo do Louseiro / Pavilhão Gimnodesportivo de Cortes do Meio

Fundado em 1975 com o advento do espírito associativista que vigorava naquele tempo, o Estrela de Cortes nasceu fruto da vontade da juventude em praticar desporto, e realizar outras atividades de convívio para a população. O seu nome tem origem na proximidade da aldeia com a Serra da Estrela, sendo que o conhecido lugar de Penhas da Saúde, que se situa a 1,500 m de altura, faz parte da freguesia de Cortes do Meio.

O futebol na aldeia vinha já dos anos 60, com os jovens da terra a organizarem jogos amigáveis contra terras vizinhas, principalmente a localidade de Bouça, que faz também parte da freguesia. Em 1967 é inaugurado o campo de futebol da aldeia, baptizado como "Campo das Cortes", mais tarde o campo de futebol usado pela equipa seria o "Campo do Louseiro" na entrada da aldeia, no sitio do Louseiro. A equipa de Cortes do Meio andou alguns anos pelo futebol amador, nomeadamente no antigo campeonato do Inatel, onde jogava como sendo uma delegação da Casa do Povo de Unhais da Serra, dá-se depois o salto para o futebol federado, com a equipa do Estrela de Cortes a competir no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, na temporada de 1981/82, sendo essa a sua única presença no distrital.

Na década de 80 e inicio dos anos 90, o Estrela de Cortes teve equipas de futebol amador que jogavam em jogos amigáveis, e para além disso tinha ainda equipas de camadas jovens nos campeonatos distritais. Mais tarde com a inauguração do pavilhão de Cortes do Meio em 1998, o clube abandona o futebol e aventura-se no futsal de formação, modalidade que deu depois um salto com a inscrição de uma equipa sénior no campeonato distrital, onde o Estrela competiu durante duas épocas (1999/00 e 2000/01). Em 1998 começou também a ser organizado pelo clube o torneio de futsal "25 de Abril", que ao longo dos anos se tornou uma referência na região, tendo-se realizado todos os anos até 2003, altura em que foi substituído por um torneio de futebol, que acabou por perder o entusiasmo e desaparecer.

Desde de então o futsal de formação foi uma forte aposta da coletividade, que ao longo dos anos foi tendo equipas de jovens nos campeonatos distritais, onde conquistou alguns títulos, como a "dobradinha" da equipa de juvenis, ao ganhar o campeonato e taça em 2009, e no ano seguinte a taça ganha pelos júniores que lhes valeu uma presença na taça nacional de futsal, o clube teve também equipas de futsal feminino que participaram em torneios locais.

Entretendo o Estrela de Cortes deixou de ter camadas jovens de futsal, dedicando-se apenas ao desporto amador, com uma equipa sénior que continua a representar a aldeia em torneios. Para além de outras atividades recreativas e sociais que vai desenvolvendo, o Estrela de Cortes recentemente reactivou o conhecido torneio "25 de Abril", que em conjunto com outra coletividade da freguesia, o grupo desportivo da Bouça, se organiza anualmente. Em relação ao futebol, o campo do Louseiro está minimamente preservado apesar de ser muito pouco utilizado, derivado das excelentes condições que Cortes do Meio tem no seu pavilhão, o futuro do desporto desta freguesia passa assim pelo futsal.

Grupo Desportivo e Animação Cultural da Bouça

Fundação: 1976
Localidade: Bouça (Cortes do Meio), Covilhã
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão Gimnodesportivo de Cortes do Meio

O GDAC Bouça é a principal coletividade da aldeia de Bouça, anexa à freguesia de Cortes do Meio, e que de entre as várias atividades que desenvolve na sua localidade, se destaca a parte desportiva com o futsal, que ao longo dos anos tem tido uma forte presença, e que permanece até aos dia de hoje.

Este grupo nasceu com a liberdade trazida pelo 25 de Abril, e o interesse dos jovens pelo associativismo que se alastrou por todo o pais. Particularmente na aldeia de Bouça, nesse tempo havia já a necessidade de criar uma colectividade organizada para a prática desportiva, e actividades recreativas e culturais, como não havia campo de futebol, os únicos jogos que até então se tinham realizado foram em Cortes do Meio.

Foi assim que um grupo decidiu iniciar a prática de atletismo e de futebol de 11, porém como não dispunham ainda de equipamentos, decidiram fazer uma recolha de fundos, com os quais viriam a obter o material desportivo. Para além do desporto este grupo teve outras atividades como a vinda de grupos musicais, filmes e teatro à aldeia, e ainda ajudaram na revindicação da energia eléctrica para a Bouça. Apesar de tudo este grupo não era ainda uma associação legalizada, não tinha sede própria e designação oficial, foi então que com a ajuda do povo, se conseguiu uma sede arrendada, a elaboração de estatutos, e um meio de transporte para os atletas, sendo por isso o ano de 1976 a data oficial de fundação do "Grupo Desportivo e Animação Cultural da Bouça".

Ao longo dos anos a coletividade foi continuando a apostar no atletismo, a par do futebol onde a Bouça chegou a ter equipas nas camadas jovens, a partir da década de 90 aparece o futsal, que viria a ser até hoje a principal modalidade da Bouça, primeiro de forma amadora com a participação em torneios locais, e mais tarde já com camadas jovens a competir nos campeonatos distritais, sendo que a estreia de uma equipa sénior no distrital acontece na época de 2006/07, mantendo-se a competir por mais duas temporadas, onde obteve resultados positivos. Na última época dos seniores masculinos, juntou-se também uma equipa de seniores femininos que participou no campeonato distrital da sua categoria, e onde esteve apenas um ano. Depois disso a Bouça continuou a apostar apenas em camadas jovens, mas mantendo uma equipa de seniores amadora que vai jogando em torneios na zona, o grupo organiza também anualmente o torneio de futsal "25 de Abril", em conjunto com o vizinho Estrela de Cortes.

Na época de 2021/22 a Bouça regressou ao desporto federado com uma equipa de futsal sénior no campeonato distrital, treze anos depois da sua última participação. Composta essencialmente por jogadores da freguesia a equipa surpreendeu ao terminar o campeonato no 3.º lugar e a participar no play.off de apuramento de campeão, com boas exibições contra as melhores equipas, a Bouça teve um bom regresso ao futsal, onde leva já três épocas consecutivaa em competição. 

As equipas da Bouça disputam os seus jogos no pavilhão de Cortes do Meio, clube com o qual tem uma boa relação de entreajuda, realizando todo o tipo de atividades culturais e recreativas nas suas localidades, visto que pertencem à mesma freguesia, e apesar das rivalidades, conseguem manter de boa saúde o desporto, particularmente o futsal, onde nesta zona já se tornou um referência.

Centro Social Cultural Recreativo e Desportivo de Santo André das Tojeiras

Brasão da Freguesia de Santo André das Tojeiras
Fundação: 1986
Localidade: Santo André das Tojeiras, Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Santo André das Tojeiras

Esta coletividade localizada na territorialmente extensa freguesia de Santo André das Tojeiras, da qual fazem parte cerca de trinta povoações, apareceu na década de 80 como forma de criar uma estrutura capaz de organizar vários tipos de atividades na terra, numa altura em que o associativismo começava a ganhar força. De entre as atividades sociais, culturais e recreativas que este centro promoveu, a principal e a que a deu a conhecer foi o rancho folclórico, que reunia pessoas de várias aldeias da freguesia.

Também a parte desportiva teve lugar nesta associação, com uma equipa de futebol formada pela juventude da freguesia, incluindo elementos do rancho folclórico, desde a construção do campo de futebol nos arredores de Santo André das Tojeiras, que a aldeia ia realizando jogos amigáveis contra equipa das redondezas, dando-se depois a participação da equipa no conhecido torneio inter-aldeias, onde St.º André se estreia em 1989, desde então foi presença regular na competição, contando com participações posteriores nos anos de 1992, 94, 97, 98, 99 e 2001, um longo período de atividade desportiva e simultaneamente recreativa que terminou após a extinção da coletividade pouco tempo depois, a falta de meios humanos e financeiros, fruto da desertificação que se vive nas localidades do interior ditaram o fim desta associação.

Atualmente o campo de futebol está abandonado e em mau estado, sendo utilizado como aterro pela junta de freguesia. Outras atividades desportivas continuam a ter lugar por intermédio das associações de algumas aldeias da freguesia, no entanto o futebol ficou ausente por este zona.

Centro Cultural e Desportivo Oriental de São Martinho

Fundação: 1954
Localidade: São Martinho (Covilhã), Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Estádio José Santos Pinto

O Oriental de S. Martinho é um clube sediado na antiga freguesia de São Martinho, na cidade da Covilhã, que realiza um vasto número de atividades de carácter social, cultural, recreativo e desportivo, com uma longa história é das mais emblemáticas coletividades da sua cidade.

O Clube Cultural e Desportivo Oriental de São Martinho foi fundado em 1954 na Covilhã, por um grupo de jovens que "jogavam à bola", e simpatizantes do Clube Oriental de Lisboa (em cujo símbolo e cores se inspirou), que vinham participando em jogos amigáveis que se realizavam pela região. Cedo este clube se evidenciou pela aposta na diversificação das suas atividades, que para além do futebol amador passaram pela criação de um rancho folclórico que ficou amplamente conhecido a nível nacional.

Após a sua fundação, o Oriental de S. Martinho filia-se na Fnat (antiga designação do Inatel) e participa no campeonato da FNAT do Distrito de Castelo Branco, que à época tinha na sua maioria equipas do concelho da Covilhã, tanto equipas compostas por operários de empresas do sector têxtil, como clubes locais, caso do S. Martinho. A estreia da equipa não podia ter sido melhor, tendo-se sagrado campeã logo na época de estreia, em 1954/55, a equipa passou a dominar aquela competição quase por completo, sendo campeã por diversas vezes consecutivas até 1962, (apenas não conquistou o titulo em 1958, ano em que foi vencido por outra equipa da cidade, o Arsenal de S. Francisco). Com algumas paragens pelo meio, a equipa mantém a sua participação nesta competição que se estende até ao final da década de 60, após a qual o clube optou por não dar o salto para as competições federadas, ficando-se pelo futebol amador.

Ao longo dos anos o clube tornou-se numa importante associação de dinamização social na sua cidade, com inúmeras atividades, em termos desportivos para além dos jogos amigáveis de futebol que se faziam com alguma regularidade, aparece o ténis de mesa, modalidade que ganhou muito destaque, tendo até participações em termos internacionais. Nos anos 80 começou também o futebol de 5 com torneios organizados pelo clube que chamavam sempre muita gente.

Em 1999 deu-se a conclusão da "Sala Desportiva" um mini-pavilhão para a prática das várias modalidades do clube, um sonho concretizado para a formação orientalista, que ficou com melhores condições em toda a sua sede. Já no séc. XXI o clube mantém a sua aitvidade desportiva com modalidades como voleibol, xadrez, pool e o futsal, este último onde teve uma equipa sénior no campeonato distrital de futsal, nas épocas de 2002/03 e 2003/04, onde utilizou o pavilhão desportivo do Inatel na Covilhã, por lá ter melhores condições. Simultaneamente o clube mantém-se ativo com outras atividades culturais, e participa regularmente em torneios de futsal na Covilhã, cidade onde é uma das referências do associativismo.

Associação Cultural de Alcaria

Fundação: 1974
Localidade: Alcaria, Fundão
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão José Luís Adrião

A Associação Cultural de Alcaria é um clube recreativo, desportivo e cultural, sediado na progressiva aldeia de Alcaria, localizada no extremo norte do concelho do Fundão. A sua atividade que mais se destaca é o futsal, sendo uma referência na zona, e que conta com algumas vitórias em campeonatos distritais.

Apesar de ter sido oficialmente fundada apenas em 1974, a ACA tem origem na década de 60, altura em que um pouco por todo o país começaram a despertar os movimentos associativos, nomeadamente na prática desportiva, em Alcaria a única entidade associativa propriamente dita que existia, era a Casa do Povo, de onde surgiu a primeira equipa de futebol de 11, que começou a representar Alcaria em jogos amigáveis um pouco por toda região. Com o passar dos anos e após a realização de inúmeras atividades de carácter cultural, social e desportivo, o espírito associativista foi ganhando força na terra, levando à criação de uma estrutura no dia 1 de Maio de 1974, data do nascimento da Associação Cultural de Alcaria. 

Com ajuda de diversas entidades e da população, foi construído em 1980 um ringue polidesportivo no local do antigo campo de futebol de 11, uma vez que tinha sido construído um novo campo no Sitio dos Barreiros. Vai-se então destacando a modalidade de futebol de cinco (hoje futsal), que veio a ganhar cada vez mais entusiastas em Alcaria, com a participação da equipa em vários torneios pela zona do Fundão, levando a um menor interesse pelo futebol de 11. Em 1992/93 dá-se a filiação da ACA na Associação de Futebol de Castelo Branco com vista à participação no primeiro campeonato distrital de futsal masculino, onde Alcaria participa com duas equipas, uma equipa principal e uma equipa "B", tal era a adesão da juventude pelo futsal. Mais tarde é também formada uma equipa de futsal feminino, que viria a participar no primeiro campeonato distrital da categoria em 1997/98. A Associação Cultural de Alcaria veio com o passar dos anos a transformar-se numa prestigiada escola de futsal, apostando fortemente na formação de ambos os sexos, com resultados positivos tanto ao nível da formação como dos seniores.

Com o passar dos anos o polidesportivo de Alcaria passou a não ter condições de prática desportiva para as equipas, e depois de o clube andar algum tempo a realizar os seus jogos caseiros entre os pavilhões de Vales do Rio e Dominguiso, foi em Dezembro de 2001, inaugurado o Pavilhão Multiusos em Alcaria, infraestrutura à muito esperada, que veio trazer condições significativas para a associação que nesse ano se tinha sagrado campeã distrital de juniores, e na época de 2001/02 campeã distrital de seniores. Feitos que reforçaram a aposta neste projecto, que voltou a dar frutos na temporada de 2003/04, de novo com a conquista do campeonato distrital de juniores, e da vitória no campeonato distrital de seniores. O titulo no futsal sénior levou a equipa ás competições nacionais, patamar onde se manteve em competição durante alguns anos, até ser despromovida e regressar ao campeonato distrital em 2009/10. 
 
Ainda a este nível a equipa de Alcaria manteve-se depois durante mais uns anos em competição no campeonato distrital, onde apesar de não ter voltado a sagrar-se campeã conquistou alguns títulos, tendo vencido a Taça de Honra por duas vezes, nas temporadas de 2012/13 e 2015/16. Opções directivas ditaram depois o fim da equipa sénior que teve a sua última época em 2016/17, continuando o clube apenas com algumas equipas nas camadas jovens. Na temporada de 2022/23 deu-se o esperado regresso da equipa sénior aos campeonato distrital.

No entanto a aposta forte na formação continua e com resultados positivos, actualmente existem algumas equipas a representar a associação nos campeonatos distritais nas camadas jovens, que continuam a divulgar o nome da freguesia, onde a ACA é o maior maior meio de desenvolvimento cultural e desportivo.

Sporting Clube de Castelo Branco | Núcleo do Sporting Clube de Portugal de Castelo Branco

Fundação: 1934
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal Vale do Romeiro

O Sporting Clube de Castelo Branco foi uma agremiação desportiva criada na cidade de Castelo Branco por simpatizantes sportinguistas, sendo na altura a filial n.º 62 do Sporting Clube de Portugal.

Foi fundado a 26 de Abril de 1934, e tinha a sua sede na Rua de Santa Maria, na zona histórica de Castelo Branco. Este clube terá tido o futebol como principal modalidade, e foi um dos fundadores da Associação de Futebol de Castelo Branco em 1936, sendo um dos participantes no primeiro campeonato distrital realizado na época de 1936/37. Os principais "rivais" do Sporting de Castelo Branco, eram também eles filiais de grandes clubes portugueses, sendo o "Sport Lisboa e Castelo Branco" filial do Benfica e o "Clube de Futebol «Os Albicastrenses»" filial do Belenenses, estes três clubes jogavam apenas entre si, partilhando o Campo do Vale do Romeiro como sua "casa", e em conjunto constituíam a zona sul do campeonato distrital, sendo que na zona norte jogavam clubes da Covilhã, este facto devia-se aos custos elevados das deslocações, sendo assim o que determinava o campeão distrital, era uma final entre o vencedor da zona norte e o da zona sul, tendo o Sporting de Castelo Branco chegado à final distrital em 1937.

final do distrital em 1937,

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final do distrital em 1937,

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O Sporting de Castelo Branco, com melhores ou piores resultados, manteve-se em competição no distrital durante cerca de uma década, tendo simultaneamente participado também no campeonato nacional da II.ª Divisão, como representante de Castelo Branco, facto que se deveu ao reduzido número de equipas que então existiam no campeonato distrital. A temporada de 1945/46 foi a última dos "leões albicastrenses" no campeonato distrital, após a qual o clube terá desaparecido, numa fusão que se realizou entre os dois principais clubes da cidade, o Sporting de Castelo Branco e o Sport Lisboa e Castelo Branco, que teve como objectivo unir esforços para criar um clube mais forte e mais competitivo que deu pelo nome de "Associação Desportiva de Castelo Branco", o projecto deste novo clube não correu como o esperado, tendo o mesmo dado depois origem ao atual Benfica e Castelo Branco. 



Fundação: 1992
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão da Escola Básica Faria de Vasconcelos

Muitas décadas depois surge na cidade de Castelo Branco uma nova presença leonina, com a fundação em 1992 do "Núcleo Sportinguista de Castelo Branco", sendo o núcleo n.º 75 do Sporting Clube de Portugal. Este Núcleo tornou-se num centro de convívio para os adeptos sportinguistas, e que ao longo dos anos conseguiu angariar um grande número de sócios, tendo as suas próprias atividades desportivas, como torneios de sueca, provas de atletismo e mais recentemente futsal, o Núcleo teve uma breve parceria com Associação Recreativa do Bairro da Boa Esperança, numa escola de futsal, mas que acabou por ser desfeita. Desde a temporada de 2016/17 tem uma equipa de futsal feminino a competir no campeonato distrital da categoria, sendo o único clube desse escalão existente na cidade. Na época de 2018/19 a equipa do Núcleo teve a melhor prestação desportiva de sempre, ao vencer a Taça da AFCB em futsal feminino e sagrar-se vice-campeã distrital, sendo que na temporada de 2019/20 voltou a ficar em 2.º lugar no campeonato distrital, e em 2022/23 voltou a vencer a taça.

Algum do espólio do Sporting Clube de Castelo Branco encontra-se na sede do Núcleo, que o "herdou" de um antigo presidente do clube, continuando assim de certa forma o legado sportinguista na cidade, o Núcleo do Sporting CP de Castelo Branco é hoje uma coletividade com peso na cidade, dispondo de uma sede própria e uma massa associativa significativa, garantias da sua sustentabilidade social e desportiva.

Associação Desportiva Idanhense

Fundação: 1954
Localidade: Idanha-a-Nova
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal de Idanha-a-Nova

A vila de Idanha-a-Nova, sede de um dos concelhos territorialmente mais extensos de Portugal, e com um elevado património histórico, viu em meados dos anos 50 nascer a paixão pelo "desporto rei", as partidas amadoras entre os jovens da terra e de outras localidades da zona, já vinha a acontecer com cada vez mais regularidade, e apesar de já existirem algumas coletividades, não havia nenhuma que se dedicasse apenas ao desporto. A necessidade de instalações dignas para a prática do futebol era um desejo antigo das gentes da terra, e assim a Câmara Municipal ajudou na construção de um campo de jogos, que deu origem aquilo que é o hoje Estádio Municipal de Idanha-a-Nova, campo esse inaugurado em 1952, que veio dar as condições que faltavam para a vila poder ter uma equipa de futebol que a representasse.

Nasce assim em 1954 a "Associação Desportiva Idanhense", coletividade virada para o desporto, que tinha como cores principais o preto e o vermelho (as mesmas são as cores oficiais do Município de Idanha-a-Nova). Logo nesse ano é feito o jogo de estreia da equipa, que acontece a 12 Setembro, num jogo amigável em casa do Benfica e Castelo Branco, e cujo resultado foi uma derrota por 7-0 para a formação idanhense. Apesar do mau início, a ADI decide elevar o seu patamar desportivo, e passa dos simples jogos amigáveis ao campeonato distrital, o clube federou-se na Associação de Futebol de Castelo Branco, e participou no campeonato distrital, competindo da época de 1954/55 até à de 1958/59, tendo sido o primeiro clube do concelho de Idanha-a-Nova a competir no futebol federado, visto que a outra equipa da vila, o Club União Idanhense, apesar de ser mais antigo, apenas participou no campeonato distrital décadas depois.

A estadia da Desportiva Idanhense no distrital não foi a melhor, tendo obtido resultados menos positivos, numa altura em que o campeonato tinha pouco menos que uma dúzia de participantes. A ADI entrou depois num longo período de inactividade, até se dar o seu regresso logo com o futebol federado na temporada de 1977/78, que para além da equipa sénior teve também camadas jovens que competirão nos campeonatos distritais da categoria. Nesse período a equipa já se encontrou com o conterrâneo União Idanhense, então também em competição, nesses que foram os únicos "derbys" de Idanha alguma vez ocorridos numa competição distrital. A ADI acabaria por terminar a época no fundo da tabela, mas continuou a jogar no mesmo escalão, visto que apenas existia uma divisão única. Na temporada seguinte não teve a mesma sorte, e após terminar nos últimos lugares é despromovida à recém criada 2.ª Divisão Distrital, onde compete assim por mais duas épocas (1979/80 e 1980/81) até abandonar o futebol e em 1981 desaparecer completamente do panorama desportivo até aos dias hoje.

Apesar dos curtos períodos de atividade, a Associação Desportiva Idanhense pode ser considerada como um histórico do futebol em Idanha-a-Nova, como pioneira da modalidade na vila e na formação desportiva dos mais jovens, e o primeiro clube a pratica-lá de forma federada em representação da sua terra.

Associação Estevalense

Fundação: 1973
Localidade: São Pedro do Esteval, Proença-a-Nova
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo de Futebol de S. Pedro do Esteval / Polidesportivo de S. Pedro do Esteval

Esta associação foi fundada no dia 1 de Novembro de 1973, na freguesia de S. Pedro do Esteval, situada no extremo sul do concelho de Proença-a-Nova, surge com o objetivo de suprimir a inexistência de uma colectividade na aldeia, que realizasse atividades em prol da população. A Associação Estevalense iniciou-se na atividade desportiva com o futebol, que vinha já a ser praticado desde a década de 60, onde os jogos amigáveis de futebol começaram contra equipas de outras terras.

Após organizar e participar em alguns torneios de futebol na região, em Maio de 1990 a Associação Estevalense filiou-se na Associação de Futebol de Castelo Branco, contudo nunca chegou a participar nas competições distritais de futebol. Ainda nesse ano o clube regista a sua única participação no torneio Inter-aldeias, competição que foi organizada pela própria associação, que sediou a prova, onde participaram na sua maioria equipas do concelho de Proença-a-Nova, tendo inclusive o Estevalense participado com duas equipas, a "A" e a "B". A sua equipa "A" acabaria por chegar à final, onde veio a perder o titulo para a equipa de Moitas. Nos anos seguintes a coletividade continuou com o futebol amador, não só sénior como também com equipas de jovens, com a realização de jogos amigáveis e pequenos torneios locais.

Actualmente o futebol já à muito que não se vê na terra, estando o campo sem utilidade e em mau estado, no entanto o ringue polidesportivo continua a ser usado esporadicamente para partidas amigáveis de futebol de 5. Em relação à Associação Estevalense, continua em atividade, com eventos recreativos e sociais, sempre contribuindo para o desenvolvimento da sua terra.

Grupo Desportivo Teixosense

Fundação: 1951
Localidade: Teixoso, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo Fernando Maia Campos / Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Básica do Teixoso

O Teixosense é um dos históricos do futebol no concelho da Covilhã, sediado na vila do Teixoso, também ela uma localidade importante e com história na industria dos lanifícios. O clube esteve longas décadas em competição no campeonato distrital onde conquistou alguns títulos que o levaram também a participar nos campeonatos nacionais.

Na vila do Teixoso o interesse pelo desporto, e em particular pelo futebol, despertou nos anos 50, quando um grupo de jovens da terra se juntava para realizar partidas amigáveis com as equipas das redondezas, muitas delas já com as suas coletividades constituídas, nesse seguimento houve a necessidade de criar no Teixoso um grupo desportivo para a prática da modalidade, nasce assim em 1951 o "União Estrela Teixosense", que em 1953 alterou a sua designação para a atual. Continuando com o futebol, uma das dificuldades iniciais foi encontrar um campo para jogar, depois de passar por alguns terrenos da localidade, a questão foi resolvida anos mais tarde com a cedência de um terreno pelo Sr. Fernando Maia Campos, a quem foi dado o nome ao campo como homenagem e que se mantém até aos dias de hoje.

A passagem do futebol amador para outras competições dá-se na década de 60, com o Teixosense a estrear-se no Campeonato Distrital de Castelo Branco na época de 1968/69. Depois de resultados mais modestos obtidos nos primeiros anos, o Teixosense acabou em último lugar na época de 1974/75, em que a equipa apenas conquistou dois pontos, tendo o clube abandonado o futebol sénior, não se inscrevendo no campeonato distrital da temporada seguinte. Porém o futebol regressa logo em 1976/77 e desde então o clube manteve-se a competir ininterruptamente no futebol federado. A qualidade da equipa aumentou, até que na época de 1978/79 o Teixosense sagra-se campeão distrital pela primeira vez na sua história, este titulo deu acesso à subida para a III.ª Divisão Nacional, de onde a equipa seria despromovida logo no ano seguinte após ter ficado em último lugar da sua série.

O regresso aos campeonatos distritais trouxe estabilidade na equipa, que se manteve na 1.ª Divisão durante alguns anos, com o Teixosense a vencer a Taça de Honra na época de 1984/85. Em 1987/88 o clube é pela primeira vez despromovido à 2.ª Divisão Distrital, após terminar o campeonato no último lugar, com a estadia no patamar inferior a durar quatro épocas. Até que na temporada de 1991/92 o Teixosense se sagra campeão distrital da 2.ª Divisão, regressando assim ao convívio com os "grandes" do distrito.

A década de 90 veio trazer novamente estabilidade à equipa, que conseguiu classificações a meio da tabela, mas lutando sempre pelo titulo, algo que veio acontecer apenas na época de 2000/01, com a formação do Teixoso a sagrar-se campeã distrital com quase 10 pontos de vantagem sobre o segundo classificado e apenas com duas derrotas em toda a época, uma grande temporada que levou a equipa a participar novamente na III.ª Divisão Nacional. O regresso aos nacionais durou apenas uma época, com a equipa a descer para o distrital. Neste período o clube ainda consegue um 3.º lugar em 2002/03, mas os anos que se seguem trazem resultados menos positivos e por vezes perto dos últimos lugares, a crise financeira que o clube atravessava culminou com a desistência do futebol sénior em 2013/14, nessa que foi a última temporada da equipa no campeonato distrital, após mais de quarenta anos consecutivos em competição. De realçar também a aposta que o Teixosense teve no futsal feminino, com uma equipa que competiu na primeira edição do campeonato desta categoria na época de 1997/98, e que esteve ao todo três temporadas em competição.

Depois disso o clube dedicou-se apenas ás camadas jovens de futebol, que vinha já tendo em anos anteriores, e também com uma equipa de veteranos, estando o pelado do Campo Fernando Maia Campos ainda com muita utilidade apesar de necessitar de uma requalificação. A par de outras atividades, o Teixosense continua muito ativo, sendo a principal colectividade da sua vila e umas das mais importantes do concelho.

Associação Cultural e Desportiva da Carapalha

Fundação: 1998
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futsal
Casa: Pavilhão da Escola Básica Faria de Vasconcelos

Sediada no Bairro da Carapalha, esta coletividade foi criada a 1 Setembro de 1998 com a designação inicial de "Associação Cultural e Desportiva da Quinta da Carapalha" por um grupo de residentes deste jovem bairro, um dos que mais crescimento tem tido a todos os níveis na cidade e que necessitava de um meio que desse voz aos seus anseios, visto que em Castelo Branco como noutras cidades, as associações de bairro funcionavam quase como juntas de freguesia, fazendo de intermediário entre a população e a autarquia.

A associação começou a crescer com o passar dos anos, dispondo de sede própria e realizando vários tipos de atividades, e como consta na sua denominação, o desporto não podia estar ausente na Carapalha, apesar ter atravessado maus momentos como o desaparecimento precoce do seu percursor e primeiro presidente, António Pina Fernandes, a coletividade soube sempre seguir em frente e após algumas direcções, conta deste 2007 com José Perquilhas ao leme da direção, dirigente associativo com vasta experiência que passou também pelo Centro Cultural e Recreativo de Salgueiro do Campo, de onde é natural.

Em 2000 começaram as atividades desportivas no bairro, com a criação de equipas de futsal nas categorias de iniciados, juvenis (onde chegou a ser campeã distrital) e júniores, na época de 2002/03 teve ainda futsal sénior feminino, e anos mais tarde aparece também o futebol de 7 com escolinhas e infantis, que competiram nos campeonatos distritais, aproveitando assim a juventude existente no bairro, oferecendo a prática desportiva que ali não existia, um projecto que acabou por ser depois descontinuado em 2011 por não ser financeiramente sustentável. No ano seguinte a "Juventude Albicastrense", outra coletividade do bairro, pegou no futsal de formação, com uma equipa de iniciados, projecto que durou apenas uma época.

Entretanto já passaram pela Carapalha várias outras atividades desportivas, como cicloturismo, xadrez, taekwondo e BTT, sendo a associação reconhecida também pelo trabalho que desenvolve noutros campos culturais e sociais. Actualmente a ACDC desempenha um importante papel no bairro, sendo não só um centro de convívio para a população, como também a responsável por dinamizar todo a atividade cultural e desportiva que lá acontece, podendo considerar-se uma das associações mais ativas na cidade de Castelo Branco


Outros emblemas referenciados:

Emblema da Juventude Albicastrense

Grupo de Convívio e Amizade nas Donas

Fundação: 1989
Localidade: Donas, Fundão
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Donas

O GCA Donas é uma associação de carácter cultural, desportivo e recreativo, fundada em 1989, na aldeia de Donas, pequena freguesia situada muito perto da cidade do Fundão. Desportivamente a colectividade ficou conhecida pela sua equipa de futsal feminino e também pelo atletismo onde obteve vitórias significativas.

Antes da fundação desta coletividade, já tinha presença na aldeia de Donas o futebol sénior, que ao longo das décadas tinha vindo a ser praticado de forma amadora com participações em torneios por toda a região, existiu também até à década de 80 a "Associação Desportiva das Donas" que participava em torneios locais de futebol de salão, curiosamente também já com equipas femininas. Entretanto, e fruto da reunião de um conjunto de jovens da terra, que queriam dinamizar a aldeia com atividades desportivas, recreativas e culturais, surge em 1989 o "Grupo de Convívio e Amizade nas Donas", um clube mais ecléctico e virado para outras áreas, que no inicio teve algumas divergências com a Associação Desportiva que mais tarde acabaria por desaparecer.

Durante o seu o crescimento a coletividade teve várias atividades, nomeadamente o futsal, que na sua vertente feminina chega em finais dos anos 90, com participações em torneios da categoria, o GCA Donas foi assim um dos pioneiros na região nesta modalidade, e uma das equipas que participou na primeira edição do Campeonato Distrital de Futsal Feminino de Castelo Branco na temporada de 1997/98. Na época de 1998/99 a equipa das Donas sagra-se campeã distrital conquistando assim o seu primeiro e único titulo. Paralelamente as Donas tiveram também equipas de júniores de futsal feminino compostas por jovens da terra, que se sagrou campeã por três vezes, dessas equipas saíram atletas para a equipa sénior, escalão que chegou a ter duas equipas a competir em simultâneo no campeonato distrital, a formação principal e uma equipa "B". Apesar de o clube possuir um ringue polidesportivo, as equipas das Donas disputavam os seus jogos oficiais no pavilhão de Valverde, visto que a localidade não possui nenhum e aquele era o mais próximo.

Após longos anos a competir ininterruptamente no campeonato distrital de futsal feminino, o Grupo de Convívio e Amizade nas Donas teve a sua última participação na época de 2009/10, em que a equipa terminou por razões financeiras e diretivas. Um clube histórico na modalidade que apesar de apenas ter conquistado o campeonato por uma vez, acumulou inúmeros segundos lugares, sendo sempre um dos favoritos à vitória, terminou assim uma modalidade que deu reconhecimento a esta associação que partiu depois para outros projectos.

Atualmente a coletividade desenvolve apenas a modalidade de atletismo onde continua a ser uma referência regional e nacional em várias categorias, e para além de outras actividades culturais tem um grupo de bombos, estando o futsal posto de parte por agora.

Instituto Politécnico de Castelo Branco

Fundação: 2015
Localidade: Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo da Zona de Lazer / Pavilhão Desportivo da Escola Superior de Educação

O Instituto Politécnico de Castelo Branco é uma instituição de ensino superior iniciada em 1980, que engloba várias escolas superiores na cidade de Castelo Branco, e que no ano de 2015 decidiu avançar com a criação de uma equipa de futebol federada, por proposta do então coordenador do curso de licenciatura em Desporto e Atividade Física da Escola Superior de Educação, professor Rui Paulo, também ele atleta nos campeonatos distritais.

A proposta era inovadora, e incluía uma equipa constituída exclusivamente por alunos das seis escolas superiores do IPCB, dando assim oportunidade a estudantes não só da região como também de outras partes do país, para prosseguir carreira no futebol ao vir estudar para Castelo Branco, num plantel que contava também com o próprio coordenador Rui Paulo, e que era orientado pelo treinador João Paulo Matos.

A equipa do IPCB ficou também conhecida como os "estudantes" ou até "dragões da beira" (devido ao dragão que se encontra no emblema da instituição), apesar das dificuldades iniciais em obter apoios da autarquia local, conseguiu encontrar patrocinadores que ajudaram a que este projecto fosse para a frente, começando a competir no Campeonato Distrital na época de 2015/16, ano de estreia e também de adaptação em que a equipa obteve o 9.º lugar. No segundo ano a equipa começou a dar frutos com jogadores a receberem propostas para representar outros clubes da região, por mérito dos atletas do IPCB que conseguiram criar uma equipa competitiva, que se estabilizou no campeonato distrital, e que terminou em 8.º lugar na temporada de 2016/17, a sua melhor classificação de sempre.

Na última época em que a equipa participou no distrital, a formação albicastrense conseguiu de novo a 9.ª posição, num ano estável a nível de resultados, no entanto o projecto chegou ao fim depois de três anos, com a direcção do Instituto Politécnico a entender que apesar do sucesso da equipa, esta já não ia de encontro com os objectivos desportivos da instituição, que pretendia apostar mais no desporto universitário, onde de resto tinha já várias equipas de outras modalidades filiadas na FADU (Federação Académica do Desporto Universitário), sendo esse o caminho a seguir.

Terminou assim um projecto até então pioneiro na região, com uma equipa de futebol que tinha como objectivo único contribuir para a formação integral dos seus estudantes enquanto cidadãos, pela disciplina, fair-play e o facto de representarem uma instituição com a importância do IPCB, que fica assim na história recente do futebol distrital, tendo deixado no campeonato distrital muito dos jogadores que foram "formados" nesta equipa.

Na temporada de 2018/19 o IPCB estreou-se no Campeonato de Futebol de 11 da Federação Académica do Desporto Universitário, nesta nova fase, a equipa treinada pelo antigo jogador Rui Paulo, é constituída por estudantes do Instituto Politécnico que jogam em clubes da região. Para além do futebol, existem também equipas de futsal masculino e feminino que jogam nos campeonatos universitários.

Centro Cultural e Desportivo Estrela do Zêzere da Boidobra

Fundação: 1968
Localidade: Boidobra, Covilhã
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Campo 8 de Dezembro / Polidesportivo da Boidobra

O Estrela do Zêzere é uma coletividade desportiva sediada na vila de Boidobra, não muito longe da cidade da Covilhã. Com o nome inspirado na paisagem natural que o rodeia, perto da Serra da Estrela e do Rio Zêzere. é uma das mais importantes instituições da freguesia, desenvolvendo inúmeras atividades não só desportivas, mas também culturais e sociais.

Já a meio do ano de 1967, o único desporto praticado pelos jovens na terra era o futebol, e que por falta de meios era jogado de forma amadora num pequeno espaço do recinto das escolas primárias. Os jovens nada mais tinham onde passar o tempo, e viam-se proibidos de jogar futebol no espaço do costume por não terem permissão das autoridades locais. Foi assim que um grupo de jovens foi junto do regedor pedir ajuda para a construção de um campo de futebol, cujo local por eles fora indicado. Arrendado o terreno, de imediato se iniciou a construção do campo, com as obras pagas pelo regedor Sr. Francisco Leal a quem o clube deve muito. O primeiro passo estava dado, e no dia 8 de Dezembro (data que deu o nome ao campo), foi inaugurado o campo com um jogo entre os solteiros e casados da Boidobra. Já havia campo, mas era necessário constituir uma associação, formar um grupo desportivo, arranjar equipamentos e uma sede, para assim se poder avançar com o futebol, oi assim feita uma angariação de fundos com a qual se viria a comprar os primeiros equipamentos.

Em relação à associação, fizeram-se estatutos e foram submetidos à apreciação da FNAT (antiga denominação do Inatel), entidade à qual foi deliberado filiar-se, tendo aprovado os estatutos no dia 8 de Janeiro de 1968, aquele grupo é assim baptizado com o nome de "Centro de Recreio Popular Estrela do Zêzere de Boidobra", inscrito na FNAT com o n.º 179. Dado que a lei de então não permitia que menores de 21 anos fossem directores de qualquer colectividade ou organismo, e nenhum dos jovens fundadores tinha essa idade, foi necessário pedir a pessoas de maioridade que assinassem os estatutos para assim poderem ser aprovados, ficando desse modo formado o primeiro elenco directivo do Estrela do Zêzere. O clube começou a competir no atletismo e também no futebol, tendo participando no campeonato da FNAT, onde esteve durante alguns anos e com muito boas prestações, foi vice-campeão em 1979/80, e venceu a competição pela primeira vez em 1984, mais tarde sagrou-se treta-campeão, com os títulos conquistados em 1988, 89, 90 e 91, com várias presenças no campeonato nacional do Inatel.

O sucesso da sua equipa de futebol e o fim do campeonato do Inatel por falta de equipas, levam o Estrela do Zêzere a mudar a sua designação para a atual, e a inscrever-se na Associação de Futebol de Castelo Branco com o intuito de participar nas competições federadas, o que acontece na época de 1991/92, quando se estreia no Campeonato Distrital de Futebol da 2.ª Divisão. A equipa consegue bons resultados nos primeiros anos, e em 1994/95 alcança a subida à 1.ª Divisão Distrital ao ficar em 2.º lugar, em igualdade pontual com a equipa do Orvalho. A formação da Boidobra chega assim ao patamar principal, onde competiu até à temporada 1997/98, época onde terminou o campeonato em último lugar, e após a qual desistiu do futebol federado, por motivos financeiros e diretivos o clube teve uma pequena paragem no futebol, tendo regressado apenas em 2001/02, numa curta participação que durou apenas duas temporadas, pois os valores da manutenção da equipa eram demasiado elevados para os encargos da associação.

O Estrela do Zêzere continuou a crescer e a dinamizar o desporto na Boidobra, tendo no dia 30 de Setembro do ano 2000, finalmente inaugurado a sua sede social, um sonho à muito desejado por todos os associados, e que deste modo veio criar mais condições para continuar o seu trabalho. A coletividade avançou depois com um projecto inovador no futsal feminino, que trouxe êxitos enormes, o projecto que durou cerca de dez anos, teve como resultados a conquista de oito campeonatos distritais consecutivos e dois vice-campeonatos na Taça Nacional de Futsal, uma equipa forte constituída por jogadoras da região e pela qual passaram grandes nomes do futsal como os treinadores Bruno Travassos e Joel Rocha. As equipas disputavam os seus jogos caseiros no pavilhão desportivo do Dominguiso, tendo chegado a ser equacionada a construção de um pavilhão na Boidobra, mas que nunca se concretizou, com a vila a dispor apenas de um ringue polidesportivo.

Após o final da equipa de futsal o clube apostou nas camadas jovens de futsal de feminino, no ciclismo, numa equipa de matraquilhos, e realizou várias atividades recreativas, não esquecendo ainda o futebol sénior, com a equipa a participar em torneios da região, estando o futuro desportivo desta coletividade muito bem entregue. Na época de 2018/19 a Boidobra voltou a ter a uma equipa de futebol sénior no campeonato distrital quinze anos depois da sua última participação, a época não correu tão bem como o esperado, tendo a equipa terminado o campeonato em último lugar sem qualquer ponto conquistado, e vendo-se obrigada a disputar os seus jogos caseiros no complexo desportivo da Covilhã, até que as obras no campo 8 de Dezembro ficassem concluídas, o que aconteceu na época seguinte, com a equipa da Boidobra a poder voltar a jogar no seu campo, e contar assim com um maior apoio das gentes da vila, neste clube que essencialmente joga por desportivismo e pela terra. 

Clube Recreativo e Beneficente de Salvador | Associação Amigos de Salvador


Fundação: 1979
Localidade: Salvador, Penamacor
Modalidade: Futebol
Casa: Campo de Futebol de Salvador

É na aldeia de Salvador, a cerca de 12 km da vila de Penamacor, que são originarias estas duas colectividades, de tempos diferentes mas com os mesmo objetivos, a promoção da cultura e do desporto na freguesia de Salvador. Começando pelo inicio do futebol popular na décadas de 50 e 60, a gente de Salvador aderiu à modalidade na altura com muito poucos recursos para a sua prática.

A primeira associação a surgir na terra é o "Clube Recreativo e Beneficente de Salvador", fundado em Junho de 1979, que deu início às suas actividades de âmbito recreativo, cultural, e mais tarde também desportivo, nomeadamente com o atletismo e com o futebol, em ambas modalidades o clube obteve sucesso, com participações em torneios concelhios e regionais, tornando conhecida a equipa de futebol de Salvador, um clube que chegou a ter cerca de 500 associados, um número considerável tendo em conta a dimensão da localidade.

No entanto a vida desta colectividade foi curta, devido ao desinteresse das direcções que se seguiram, e que não fizeram nada pela continuação da actividade no clube, que acabou por cair em inactividade em 1986, desaparecendo assim um dos meios mais importantes que a juventude salvadorense tinha, e do qual se via agora privada.



Fundação: 2009
Localidade: Salvador, Penamacor
Modalidade: Futsal
Casa: Polidesportivo de Salvador

Mas o ânimo associativo haveria de ressurgir em Salvador, quando décadas depois, no ano de 2009 é criada a "Associação Amigos de Salvador", pela vontade de um grupo de 25 pessoas, que pretendia dar uma ajuda em algumas actividades que já se realizavam na aldeia, e avançar com outras, assumindo-se assim como entidade organizadora das atividades da terra.

Na parte desportiva o antigo campo de futebol, local onde entretanto já tinha sido construido o polidesportivo da aldeia, recebeu obras de reabilitação para o inicio da prática de futsal, trazendo de volta o desporto. Esta associação tem como sede as instalações do antigo Clube Recreativo e Beneficente de Salvador, e passou a ser o principal dinamizador da localidade, com a realização de todo o tipo de atividades, tendo participado regularmente em torneios de futsal um pouco por toda região, fazendo de Salvador uma terra viva e com movimento social. Nos últimos anos a equipa de Salvador venceu por duas ocasiões o conhecido torneio 24h de futsal em Penamacor, numa equipa apoiada pela Junta de Freguesia. Entretanto a associação entrou em inactividade devido a uma vazio directivo e desde então não mais houve atividade desportiva em Salvador.

Clube Académico do Fundão

Fundação: 1974
Localidade: Fundão
Modalidade: Futebol
Casa: Estádio Municipal do Fundão

O Académico do Fundão é um dos clubes mais emblemáticos da cidade do Fundão, atrás da Associação Desportiva do Fundão, o Académico foi quem mais apostou no futebol de formação durante anos, sendo atualmente o único clube de formação da cidade para além de ter tido também uma equipa sénior no campeonato distrital.

Este clube nasceu muito antes da sua data de fundação oficial, começando por ser um grupo de alunos do Externato de Santo António (estabelecimento de ensino secundário no Fundão) que jogava futebol amador, e que em 1969 decidiu criar uma equipa, vestiam de negro e davam-se pelo nome de "Académica do Fundão" por serem também eles uma equipa de estudantes, apesar de serem mais novos. A equipa realizava não só jogos amigáveis de futebol como também o na altura futebol de salão.

É em 1974 que aparece oficialmente o "Clube Académico do Fundão", da iniciativa dos senhores Francisco José Figueira Tavares e de um grupo de fundanenses, que queria declaradamente "fazer frente" à histórica Desportiva do Fundão, que ultimamente não dava apoio aos jovens nas modalidades sem ser o futebol, sendo o clube alvo de utilização politica e não desportiva, o que levou à criação do Académico, que começou com várias modalidades, querendo marcar a diferença e dar aos jovens mais liberdade desportiva, o clube teve por exemplo equipas de basquetebol, masculino e feminino, atletismo, futebol, hóquei em patins, futebol de salão, xadrez, ping-pong, andebol, tiro, entre outras, sendo um clube virado para todos, principalmente para os mais jovens.

Ao longo dos anos o clube aderiu a outras iniciativas e passou também por muitas dificuldades ao nível da sede social e até directivas, tendo andado sempre com a casa ás costas devido à falta de apoio por parte dos vários executivos camarários, que durante décadas se esqueceram da grande função do clube que foi formar jovens atletas retirando-os de vícios, o que Fundão durante muitos anos foi um flagelo, tendo o clube feito o trabalho do estado a quem cabia essa tarefa. O futebol teve depois um grande destaque, com a estreia de uma equipa sénior no campeonato distrital de Castelo Branco na época de 1986/87, onde competiu depois por mais duas temporadas.

Os anos que se seguem são de afirmação para o Académico do Fundão, que começou a apostar mais no futebol de formação onde se viria a tornar uma referência na cidade, sobretudo após a Desportiva do Fundão ter deixado o futebol de formação para se dedicar apenas ao futsal. A época de 2013/14 marca o regresso dos "academistas" ao futebol sénior e ao campeonato distrital, aproveitando os jovens da formação e outros jogadores com carreira já feita e que tinham passado pelo clube, a equipa obteve resultados positivos, sendo que na temporada de 2015/16 consegue a sua melhor classificação de sempre no distrital, terminado em 4.º lugar. A época de 2018/19 foi última da equipa sénior, voltando o clube a apostar somente na formação. O clube apostou no regresso do futebol sénior na temporada 2021/21, onde conseguiu logo dois títulos, ao vencer a 2.ª Divisão Distrital e a Supertaça, a par disso o clube continuo a ser um dos favoritos na luta pelo campeonato e foi ainda finalista da taça de honra em 2022/23.

Actualmente o clube continua muito ligado ao futebol de formação onde compete em todas as categorias, e tem ao longo dos anos conquistado inúmeros títulos em vários escalões, e participado em campeonatos nacionais, sendo já uma referência a nível distrital, para além disso deu nos últimos anos oportunidade aos jovens da sua formação em seguirem a carreira como seniores, com uma equipa que competiu no campeonato distrital, e que era quase na sua totalidade composta por jogadores formados no clube, sendo Académico uma das poucos equipas onde os jogadores não recebiam qualquer tipo remuneração, jogando apenas por amor à camisola, sendo por isso um clube com uma identidade única e um dos mais representativos da cidade do Fundão.

Beira Baixa United Clube

Fundação: 2014
Localidade: Idanha-a-Nova
Modalidade: Futebol
Casa: Complexo Desportivo das Termas de Monfortinho

O Beira Baixa United é um clube que nasceu de um projecto inovador do dirigente desportivo João Serra, e que surgiu no âmbito de uma tese de mestrado em Gestão de Empresas, realizado na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, que incidia sobre a criação de um "clube-empresa". O mesmo baseou-se na criação de uma equipa de futebol feminino sediada na vila de Idanha-a-Nova, e que reúne jogadoras dos concelhos da região que representa.

Apesar do clube estar oficialmente sediado em Idanha-a-Nova, a equipa realizava os seus treinos e jogos em Castelo Branco, nos campos da zona de lazer, e por vezes também no Estádio Municipal de Idanha-a-Nova, devido ao facto de as atletas se encontrarem em vários pontos do distrito, porém a equipa fixou-se depois nas modernas instalações do Complexo Desportivo das Termas de Monfortinho, sediado na freguesia de Monfortinho em Idanha-a-Nova, que passou a ser a "casa" do Beira Baixa United.

Este é um clube único no distrito de Castelo Branco, visto ser o primeiro a apostar exclusivamente no futebol feminino, tendo a equipa participado nas competições nacionais femininas, nomeadamente no Campeonato Nacional de Promoção, escalão correspondente à segunda divisão da modalidade. Apesar das dificuldades em encontrar atletas, e até adapta-las ao futebol de 11 (visto que muitas vinham do futsal), a equipa manteve-se com boas prestações nos patamares nacionais onde competiu durante três épocas consecutivas, de 2014/15 a 2016/17. Destaque também para a participação da equipa num torneio internacional de futebol feminino em França e de jogos amigáveis com equipas espanholas.

Apesar da sustentabilidade do projecto, a equipa de futebol feminino foi suspensa em 2017, numa reestruturação do clube que pretendia apostar nas camadas de formação, com a criação de uma academia, ficando em aberto a possibilidade do regresso da equipa sénior de futebol feminino, que apesar do curto tempo da sua existência foi já um marco histórico para o desporto na região. No entanto o clube acabou por ficar inactivo e nunca mais teve qualquer tipo de atividade.

Grupo Desportivo Recreativo e Cultural de Escalos de Baixo

Fundação: 1972
Localidade: Escalos de Baixo, Castelo Branco
Modalidade: Futebol e Futsal
Casa: Parque Desportivo Neves Lopes

O associativismo nesta aldeia do concelho de Castelo Branco aparece no final dos anos 30 com o "Club de Escalos de Baixo" que apesar de servir de ponto de encontro para a população, ainda não tinha o interesse da prática desportiva, entretanto o clube desapareceu e foi por iniciativa própria da juventude que nos anos 60 se começou a praticar futebol na aldeia, motivados pelo clube vizinho e "rival" de Escalos de Cima, começaram os primeiros jogos amigáveis com as terras das redondezas.

Em 1972 é então fundado este grupo desportivo, recreativo e cultural, que agregava todo o tipo de atividades na localidade, entre elas o futebol, com a equipa a continuar a jogar em torneios da região, inclusivamente no mais conhecido, o inter-aldeias, onde em 1987 consegue a sua primeira vitória, numa competição onde Escalos de Baixo passou a ser regular, tendo participado em 1989, e em 1991 onde chegou à final, perdendo para a equipa de Caféde. A qualidade da equipa e a motivação da presença na final, levaram o clube a sediar a prova no ano seguinte, onde a equipa acabaria por corresponder às suas expectativas, sagrando-se campeã do inter-aldeias de 1992 em sua casa.

O clube teve uma curta passagem pelo futsal federado, tendo participado na época de 1992/93, no primeiro campeonato distrital do então designado futebol de cinco com uma equipa sénior. Seguem-se depois novas participações da equipa de futebol de Escalos de Baixo nos inter-aldeias de 1993 e 1994, este último onde chegou às meias finais. A equipa regressou ao inter-aldeias apenas em 1997, onde após uma grande campanha acaba por vencer na final o Palvarinho, e assim sagrar-se novamente campeã. Eram tempos de sucesso para o futebol da aldeia, que logo a seguir em 1998 recebe a organização do torneio, e tal como tinha feito à uns anos atrás, acaba por se sagrar campeão em casa, conquistando o seu 4.º titulo na prova, e o segundo consecutivo.

O futebol em Escalos de Baixo estava a tornar-se num caso sério pelo sua qualidade, levando o clube a elevar a fasquia e a inscrever a equipa no campeonato distrital, foi assim que na época de 1999/2000, Escalos de Baixo se estreia nas competições federadas na 2.ª Divisão Distrital, onde se mantém durante quatro temporadas, conseguindo a subida ao patamar superior em 2003/04, depois de acabar o campeonato no 2.º lugar. A passagem pela 1.ª divisão distrital dura apenas duas épocas, nas quais se encontrou com o vizinho de Escalos de Cima, jogos que eram o maior "derby" do distrital, e independentemente de quem saí-se vencedor era sempre um jogo especial.

A equipa de Escalos de Baixo conquistou na temporada de 2004/05 o seu primeiro e único titulo a nível distrital, com a conquista da Taça da Honra, numa final inédita ganha frente ao São Vicente da Beira, e que lhe deu acesso a participar na Taça de Portugal. Na época seguinte o clube termina no último lugar da tabela com apenas um ponto, facto que levou a equipa a ser distinguida como campeã da "Liga dos Últimos", programa da RTP que acompanhava o futebol distrital. Esse foi a última época do Escalos de Baixo no distrital, após a qual se deu-se o abandono do futebol federado, devido aos custos elevados que o clube tinha com a equipa.

O clube ainda esteve activo durante alguns anos com outras atividades, e com o futebol amador, mas acabou por ficar parado. É então que em 2012 um grupo de jovens escalenses se juntou para assumir a direcção e reanimar o clube, tendo desde então dinamizado a aldeia com várias atividades, e com o futebol a continuar presente, com a participação em torneios e jogos amigáveis, famoso é também o "Benfica x Sporting" por altura da Páscoa, que junta simpatizantes dos dois clubes lisboetas, num jogo amigável entre gente da terra. Apesar de tudo, o futebol em Escalos de Baixo não desapareceu.